Publicidade
Publicidade
Deputados batem boca no Conselho de Ética antes de sessão para ouvir delegado
Publicidade
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), bateu boca com os deputados José Carlos Araújo (PR-BA) e Dagoberto (PDT-MS). Araújo e Dagoberto cobraram de Moraes explicações sobre suas declarações em defesa da extinção do conselho alegando dificuldades em investigar certos casos porque alguns processos judiciais envolvendo parlamentares correm em segredo de Justiça.
"Quando Vossa Excelência fala, não fala mais como deputado, fala em nosso nome, em nome do Conselho de Ética. Vossa Excelência tem que evitar a imprensa, porque cada vez que fala é um desastre", disse Dagoberto.
Antes, Araújo reclamou que os comentários de Moraes causavam constrangimento a todos os integrantes do conselho. "Com essas declarações que o senhor deu, o senhor nos causa desconforto, como o senhor pode ser o primeiro a pedir a extinção [do conselho]?", reagiu.
Moraes afirmou que seus comentários não eram em defesa do fim do Conselho de Ética, mas sobre a sensação desconfortável que tinha com o fato de o órgão não poder exigir provas e ficar limitado quando há processos correndo em segredo de Justiça.
Em meio ao mal-estar causado pelo bate-boca, deputados sugeriram que a imprensa fosse retirada da sala na qual ocorria a sessão do conselho, mas o presidente recusou a sugestão. "Esse assunto será tratado na presença da imprensa, não permito ser puxado as orelhas [a portas fechadas]", disse Moraes.
Constrangimento
O bate-boca entre os parlamentares ocorreu na presença do delegado da Polícia Federal Rodrigo Levin, que aguardava o início da sessão --realizada a portas fechadas-- para prestar esclarecimentos sobre as investigações relativas à Operação Santa Tereza, da PF.
Sem demonstrar reação, Levin acompanhou a discussão entre os deputados. A audiência para ouvi-lo será secreta porque o inquérito que trata do assunto ocorre sob segredo de Justiça.
Levin foi chamado para prestar esclarecimentos porque o Conselho de Ética examina o processo sobre suposta quebra de decoro parlamentar por parte do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP).
Paulinho é acusado de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ontem, ele prestou esclarecimentos à PF e negou as denúncias, informando ser vítima de "uma grande perseguição" política.
O delegado disse hoje que responderia a todas as perguntas dos deputados, mas que não iria fazer juízo de valor. "A gente [os policiais] não faz a valorização das provas", afirmou ele, informando ser favorável que a audiência fosse secreta, uma vez que há dados sigilosos nas investigações.
Leia mais
- Em depoimento à PF, Paulinho apresenta auditoria do BNDES e volta a dizer que é inocente
- Paulinho presta depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira
- Conselho de Ética diz que é "desconfortável" julgar parlamentares por quebra de decoro
- Juíza manda soltar acusados de desvios no BNDES; advogados criticam denúncia
- STJ nega liberdade a ex-assessor de Paulinho preso na Operação Santa Tereza
- Paulinho conclui defesa oral e relator diz que ainda há "pontos obscuros"
Livraria da Folha
- Frederico Vasconcelos ensina como investigar governos, empresas e tribunais
- Livro reúne balanço de bens de políticos
- LIVRARIA: Veja livros sobre temas nacionais em promoção a partir de R$ 4,90
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
Este senhor Paulinho da Força, que agor se ve enrolado com BNDES, e com a ONG da sua esposa, foi o mesmo sindicalista que admitiu no programa Opinião Nacional da TV Cultura, que ele havia pedido ao prizidenti Lulla, para vetar o artigo que obrigava as contas dos sindicatos e centrais serem auditadas pelo TCU e o prizidenti vetou.
E o Nobre paralamentar, afirmou que não deveria ser auditado pois era dinheiro do trabalhador e assim não governamental.
Foi quando o Almir Pazzianotto, corrigiu-o lembrando que o dinheiro advinha do IMPOSTO SINDICAL e como o próprio nome diz, IMPOSTO, quer dizer obrigatorio e assim público, passível de ser auditado.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR.
SE ELE NÃO QUERIA QUE O DINHEIRO FOSSE AUDITADO, QUAL O MOTIVO QUE ELE TERIA?
SERÁ QUE HÁ A NECESSIDADE DE ESCLARECER MAIS ALGUMA COISA ?
avalie fechar
avalie fechar