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Cacciola é alérgico a lagosta e não pediu crustáceo em presídio, diz advogado
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LUISA BELCHIOR
colaboração para a Folha Online, no Rio
O advogado do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, Carlos Ely Eluf, negou nesta terça-feira que o ex-banqueiro tenha almoçado um prato de lagosta dentro do presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde ele está preso. Eluf afirmou que seu cliente tem alergia a lagosta e a "todos os frutos do mar".
A Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio) investiga denúncias de que internos do presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde Cacciola está preso, estão pedindo comida e bebida de restaurantes caros da Barra da Tijuca (zona oeste) com dinheiro acima do permitido por lei para os penitenciários.
Divulgação |
Cacciola está preso em Bangu 8 desde 18 de julho, após ser extraditado de Mônaco |
Colegas de presídio de Cacciola, o vereador Jerônimo Guimarães (PMDB) e seu irmão, o deputado Natalino Guimarães (sem partido), também não estão pedindo comida e se adaptaram ao cardápio oferecido no presídio, segundo disse à Folha Online o advogado de Jerônimo Guimarães, Ésio Lopes.
A secretaria investiga se refeições a base de frutos do mar supostamente feitas pelos internos de Bangu 8 foram levadas ao presídio ilegalmente ou pelos parentes dos presos em dia de visita --o que é permitido.
O advogado de Cacciola disse que a denúncia é "absolutamente mentirosa", principalmente porque o ex-banqueiro é alérgico ao crustáceo. Segundo ele, a família do ex-banqueiro só levou para ele bolo e "uma massa, porque ele é italiano e gosta de comer isso".
"A cela dele [Cacciola] é um salão coletivo com 35 presos. Se um preso comesse lagosta e os outros, feijão ou arroz, isso ia criar um clima de animosidade. A própria segurança dele fica ameaçada. E além disso ele é alérgico a salmão a lagosta, todos os frutos do mar", disse Eluf.
Segundo o advogado, Cacciola está comendo "sem problemas" as refeições do presídio, compostas por arroz, feijão, um tipo de proteína, uma massa e uma fruta, segundo a Seap. Cada refeição feita pelos internos de Bangu 8 custa ao governo do Rio R$ 3,84, de acordo com a secretaria.
O secretário da pasta, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, afirmou nesta terça-feira haver indícios de que houve refeições com lagosta dentro do presídio, mas que ainda não é possível saber se houve irregularidade. "Entendemos que uma lagosta dentro de um presídio não combina muito bem."
A secretaria informou que as investigações devem ser concluídas em um mês. Também nesta segunda-feira, o governador Sérgio Cabral disse defender tratamento igual para os presidiários de todos os tipos de penitenciárias.
"O secretário de Administração Penitenciária é muito firme, e evidentemente o que vale para Chico vale para Francisco. Tratamento tem que ser igual a todos", disse.
Cardápio
O advogado de Jerônimo Guimarães disse que ele e seu irmão também se adaptaram ao cardápio do presídio e não pediram nenhuma comida de fora. Afirmou, contudo, ser contra a obrigação de se comer a refeição servida pelo refeitório em presídios especiais.
"O que querem fazer agora é transformar uma cadeia especial em masmorra. Nunca foi obrigatório comer comida de refeitório", disse. "Mas eles estão acostumados [a comer arroz com feijão]. Eles vieram da pobreza absoluta."
Os advogados do deputado cassado Álvaro Lins, que também está preso em Bangu 8, ainda não foram encontrados para comentar as denúncias recebidas pela Seap.
Leia mais
- Governo investiga entrada ilegal de lagosta em Bangu 8 para Cacciola
- STJ pede ao governo informações sobre acordo de extradição de Cacciola
- STJ nega recurso de Cacciola para suspender prisão preventiva
- Advogado de Cacciola diz que acordo de extradição é descumprido
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Como ele tem dupla cidadania, seria até fácil.
E considerando-se que a maioria dos nossos políticos tem ficha na polícia, tem até ex-terroristas, um crimezinho do "colarinho branco" até que não seria grande coisa...
Tem um certo partido aí, que faz o que quer e que mesmo quando são pegos em alguma sujeira, não acontece nada com eles, porque é só dizerem as palavrinha mágicas:
"Eu não sabia de nada...", que tudo acaba em pizza.
Como ele também é meio italiano e deve adorar pizza, AQUELE partido seria ideal para ele...
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