Publicidade
Publicidade
Britto diz que Supremo não "usurpou" funções legislativas
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio às críticas de integrantes do Congresso sobre a postura de "legislar" manifestada nas últimas decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Carlos Ayres Britto disse nesta sexta-feira que a Corte não "usurpou" as funções legislativas. Ao discursar durante conferência para advogados do Distrito Federal, Britto disse que o STF apenas tem modernizado as regras constitucionais.
'Não estamos usurpando funções legislativas. Estamos projetando sobre a Constituição um olhar mais condizente da sociedade sobre o século 20. Esses novos ares interpretativos advém da nova postura de compromisso com a sociedade", afirmou.
Britto defendeu a súmula vinculante editada pelo STF que proíbe o nepotismo no país --um dos pontos apontados por parlamentares como interferência do Judiciário no Legislativo. "Não precisamos de lei para dizer que o nepotismo agride os princípios da eficiência, da moralidade, da impessoalidade. Não vale confundir tomar posse no cargo com tomar posse do cargo", afirmou.
O ministro cobrou mais "atitude" do Poder Judiciário para fazer com que a Constituição Federal deixe de ser um "elefante branco" ou "latifúndio improdutivo".
"O que nos falta é o que faltou à seleção masculina brasileira de futebol na Copa de 2006 e nas Olimpíadas: atitude, disposição. A Constituição não padece de defeitos de normatividade, mas de interpretatividade."
Britto defendeu mais "sentimento" entre os integrantes do Poder Judiciário para analisarem o texto constitucional, sem se fixarem apenas nas "letras frias" da Constituição. O ministro ainda defendeu mudanças na linguagem utilizada pelos advogados, juízes e magistrados que, na sua opinião, muitas vezes afastam a sociedade do Judiciário.
"É como se estivéssemos ainda hoje usando a linguagem do hino nacional. Claro que o juiz não pode julgar fora dos autos, tem que fundamentar sua decisão tecnicamente. Mas deve abrir as portas do Direito", defendeu.
Leia mais
- Garibaldi critica omissão do Congresso e diz que Judiciário está legislando
- Depois de ataques, Garibaldi decide suspender leitura de MPs
- Tucano chama Garibaldi de "coveiro moribundo do Senado" e cobra reação de parlamentar
- José Múcio confirma envio de MP ao Congresso com reajuste a 350 mil servidores
- Chinaglia defende votação do projeto que reajusta salários dos ministros do STF
- Câmara vai votar projeto que fixa salário de ministros do STF em R$ 25.725
Livraria da Folha
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
De qualquer forma, parabéns pela sua coerência! Só desejo sinceramente que ela não seja fruto de um ato secreto qualquer!
avalie fechar
avalie fechar