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Wilson Trezza vai assumir lugar de Paulo Lacerda na Abin
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O secretário de Planejamento e Orçamento da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Wilson Roberto Trezza, vai substituir Paulo Lacerda no comando da agência durante as investigações da Polícia Federal para apurar as escutas clandestinas realizadas em telefones de autoridades dos três Poderes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ontem o afastamento temporário de toda a cúpula da Abin após denúncias de que autoridades dos três Poderes teriam sido alvo de escutas telefônicas ilegais. O afastamento será por tempo indeterminado, ou seja, até a conclusão das investigações da Polícia Federal.
A PF determinou ontem a abertura de inquérito para apurar as escutas, entre cujos alvos esteve o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes. A investigação será feita pela Superintendência da PF no Distrito Federal. Mendes teria sido grampeado por agentes da Abin, segundo reportagem da revista "Veja".
A reação oficial de demitir a direção da agência surgiu após um dia de reuniões no Palácio do Planalto e de cobranças públicas para que o presidente Lula adotasse medidas rigorosas, capazes de evitar uma "crise institucional".
A divulgação pela revista "Veja" de que autoridades do governo, do STF e do Legislativo estariam sofrendo monitoramento clandestino alterou a agenda do presidente Lula. A segunda-feira foi atípica no Palácio do Planalto.
No início da manhã de ontem, Lula recebeu o presidente do STF, o vice-presidente do tribunal, Cezar Peluso, e o ministro Carlos Ayres Britto, que preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mendes cancelou viagem que faria à Coréia do Sul para cuidar pessoalmente do caso.
À cúpula do Supremo, o presidente Lula manifestou "indignação e preocupação" com as escutas clandestinas, segundo informou o porta-voz Marcelo Baumbach.
À tarde, Lula recebeu o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tião Viana (PT-AC). De acordo com a revista "Veja", os três seriam alvo de escuta.
Segundo Garibaldi, o presidente teria admitido o risco de "descontrole" no uso de grampos telefônicos. O assunto foi novamente discutido na reunião de coordenação política, quando o presidente selou o destino de Paulo Lacerda.
Monitorados
Em reportagem na edição desta semana, a revista "Veja" publicou trecho de uma conversa telefônica do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres, que teria sido gravada em 15 de julho.
De acordo com a reportagem, a transcrição do diálogo foi repassada por um agente da Abin, impedida legalmente de realizar interceptações telefônicas.
O suposto grampo ilegal aconteceu uma semana depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Satiagraha, na qual foi preso o dono do Opportunity Daniel Dantas, suposto chefe de um esquema de corrupção. O banqueiro deixou a prisão depois que o presidente do Supremo concedeu um habeas corpus.
A reportagem da "Veja" sustenta ainda que os telefones dos ministros José Múcio (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil), do ministro do STF Marco Aurélio Mello, e do chefe de gabinete do presidente, Gilberto Carvalho, também foram grampeados.
Leia mais
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u606408.shtml
Está na hora da OEA intervir no SENADO e enviar observadores internacionais, caso contrário, o SENADO brasileiro entrará numa crise sem precedentes e isso poderá desestabilizar a democracia no país e a OEA deve obrigar a colocar os Senadores para trabalhar e votar os projetos encalhados e acabar de vez com a ganância pelo poder e cuidar dos seus proprios interesses e de seus partidos políticos.
O SENADO está sendo uma vergonha para o Brasil, parem com esta guerra e coloque a pauta de votação em dia!!!
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