TRE apreende 30 cartazes durante fiscalização na Rocinha e diz que ação foi pouco produtiva

A fiscalização do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro considerou pouco produtiva a ação de hoje na favela da Rocinha (zona sul), ocupada desde a manhã desta quarta-feira por mais de 500 homens do Exército.

Os fiscais apreenderam apenas 30 cartazes --29 do candidato a vereador Claudinho da Academia PSDC e um da candidata Patricia Amorim (PSDB). Militares informaram à Justiça Eleitoral ter visto pessoas recolhendo as placas antes da chegada dos fiscais.

"Infelizmente, para a fiscalização, hoje não foi bom", admitiu o fiscal de Justiça Luis Fernando Santa Brígida. Segundo ele, antes da fiscalização, havia 49 placas somente em um dos acessos à favela.

O presidente em exercício do TRE, Alberto Motta Moraes, negou que a estratégia do Exército de avisar as comunidades antes de fazer operações seja contraproducente. "Visita geralmente avisa quando vai chegar. Isso é uma forma de evitar confronto. Até poupa nossos fiscais de ter trabalho."

Moraes deu argumentos endossando a denúncia de que Claudinho esteja monopolizando a propaganda eleitoral na Rocinha e impedindo outros candidatos de fazerem campanha. "Acho estranho essa ausência de propaganda, e as poucas que têm são muito repetidas."

Mais cedo, o candidato a vereador bateu boca com o deputado federal Índio da Costa (DEM), que acompanhou a candidata a prefeita do Rio Solange Amaral (DEM) durante corpo-a-corpo na comunidade.

Costa disse ter sido impedido de entrar na comunidade há cerca de 40 dias. Claudinho negou e seus correligionários iniciaram uma discussão acalorada com o deputado.