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05/12/2008 - 20h22

Aécio Neves sofre pressão de aliados no Legislativo para dobrar emendas

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), está sendo pressionado pelos deputados estaduais --a maioria deles aliada de seu governo-- para dobrar o valor das emendas individuais a serem apresentadas ao Orçamento de 2009. Os 77 deputados reivindicam que o valor passe dos atuais R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.

A tramitação do Orçamento já está prejudicada há duas semanas. E, às vésperas do fim do exercício legislativo, nenhum deputado ainda apresentou emendas. O impasse levou o Colégio de Líderes, na última terça, a adiar para o dia 11 o prazo para a entrega das emendas individuais. A semana seguinte está reservada para as votações.

O governo tenta resistir ao pedido de R$ 2 milhões, mas já sinalizou que deverá ceder às pressões e elevar o valor. A Folha apurou que na próxima terça o Executivo deverá apresentar a contraproposta. Os deputados mais pessimistas falam em R$ 1,3 milhão, e os mais otimistas, em algo próximo a R$ 1,5 milhão. Pelo maior valor, o total das emendas iria para R$ 115 milhões --1,06% do investimento total previsto no Orçamento (R$ 10,8 bilhões).

Aécio determinou que o Planejamento do Estado refizesse as contas. O tucano, entretanto, tem dito que não fará "manifestação política" com valores de emendas de deputados, porque quer manter como foi até agora: executar todas as emendas apresentadas porque cabem dentro do orçamento.

Os argumentos apresentados pelos deputados para exigir o aumento passam pela pressão que recebem das suas bases e pela cobrança da fatura pelo apoio que dão ao governo.

"A Assembléia nunca faltou ao governo. Estamos cumprindo com a sustentação de um governo exemplar, e ele também nunca nos faltou, afinal, a vida do deputado é difícil. Os prefeitos, os vereadores e o povo querem resultados", disse o deputado tucano José Maia, relator do Orçamento, que terá 48 horas para relatar cerca de 300 emendas a partir da apresentação da contraproposta do governo --média de quatro emendas por deputado.

"Existe em cima dos parlamentares uma demanda grande dos prefeitos para obras de pequeno porte nos seus municípios", disse o secretário-geral do PSDB-MG, deputado estadual Lafayette Andrada.

"E é através das emendas parlamentares que os deputados conseguem atender essas demandas. Essa é que é a razão pelo qual os parlamentares estão reivindicando algum aumento em relação ao valor das emendas, para atender as demandas regionais, o interior."

A bancada do PMDB também trava a pauta. Ainda por conta da disputa eleitoral em Belo Horizonte, que opôs Aécio e o partido, os peemedebistas lutam contra a criação de uma agência estadual metropolitana, conforme projeto que tramita na Casa e foi muito citada pelo prefeito eleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), durante a campanha.

Comentários dos leitores
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
o sindicato que está no poder passou 20 anos jurando que queria governar para mudar "tudo isso que está aí".
hoje, tem uma escumalha a compor sua base de governo, institutos de pesquisa amigos que lhe conseguem amostras sortudas, e uma tropa de tonton macoutes a demonstrar sua verve "democrática" na internet.
é impressionante.
sem opinião
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Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Quando governo é atuante os desastres provocados pela natureza são diminuidas. O que ocorre em SP com as enchentes é igual ao que ocorreu no governo Bush em New Orleans, USA, com o KATRINA. onde o governo, todos sabiam a quem defendia e a quem representava. O que permitiu que um fenomeno da natureza devastasse a cidade, mostrando o sofrimento e a miseria que os poderosos tanto se empenham em esconder....São Paulo uma cidade triste, população se sente abandonada por aqueles no qual confiou seu voto.... Esse deveria ser o lema do PSDB: Brasil um Pais para poucos 5 opiniões
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Você sabia que no Paraguai (que não tem nenhum poço de petróleo) a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool . Na Argentina, Chile e Uruguai que juntos (somados os 3) produzem menos de 1/5 da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e sem adição de álcool. Você sabia, que já desde o ano de 2007 e conforme anunciado aos "quatro ventos" pelo LULA e sua Ministra DILMA... o Brasil já é AUTO-SUFICIENTE em petróleo e possui a TERCEIRA maior reserva de petróleo do MUNDO.
Realmente, só tem uma explicação para pagarmos R$ 2,67 o litro: a GANÂNCIA do Governo com seus impostos e a busca desenfreada dos lucros exorbitantes da nossa querida e estimada estatal brasileira que refina o petróleo por ela mesma explorado nas "terras tupiniquins", então o "velho PT", lembram-se deles, quando oposição???Vão ao MP,contra o Serra devido as enchentes........e dá para entender???
8 opiniões
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