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18/12/2008 - 17h16

Plano de Defesa incentiva desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins militares e civis

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da Agência Brasil

A depender do Plano Estratégico de Defesa Nacional que será lançado hoje, o Brasil não deverá aderir a eventuais acréscimos ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, acordo internacional que visa evitar a disseminação de armamentos nucleares ao mesmo tempo em que viabiliza o uso da tecnologia para fins pacíficos. O país é signatário do tratado desde 1997.

De acordo com documento divulgado na manhã de hoje (18) pelo Ministério da Defesa, o Brasil manterá abertas as vias de acesso ao desenvolvimento de suas próprias tecnologias nucleares, não aderindo a acréscimos que restrinjam ainda mais a utilização da tecnologia sem que antes as potências nucleares tenham avançado em eliminar seu arsenal nuclear.

O texto, elaborado por um comitê interministerial presidido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e coordenado pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, alega que o setor nuclear tem valor estratégico e que a Nação não deve se privar da tecnologia.

A estratégia defendida é que o país domine todo o ciclo do combustível nuclear, bem como a construção de reatores nucleares, o que já vem sendo desenvolvido pela Marinha dentro do projeto de construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

O Brasil também deve acelerar o mapeamento, a prospecção e o aproveitamento das jazidas de urânio; desenvolver o potencial de projetar e construir termelétricas nucleares; empregar a energia nuclear a fim de estabilizar a matriz energética nacional, sujeitando seu uso aos mais rigorosos controles de segurança e de proteção do meio ambiente e ampliar a capacidade de usar a energia nuclear.

Além do setor nuclear, o plano também destaca a importância de o país desenvolver outros dois setores classificados como estratégicos --o espacial e o cibernético.

No primeiro, algumas das prioridades destacadas são o desenvolvimento e a fabricação de veículos lançadores de satélites, sobretudo os geoestacionários, utilizados em telecomunicações, e os destinados ao sensoriamento remoto. Já no campo cibernético, estão contemplados os usos industriais, educativos e militares.

Em todas as áreas, o documento estabelece a ressalva de que as tecnologias que venham a ser desenvolvidas, bem como a capacitação dos profissionais envolvidos, devem ficar sob domínio nacional, mesmo quando desenvolvidas por meio de parcerias com outros países ou empresas estrangeiras.

Comentários dos leitores
Luiz Antonio (46) 21/01/2010 12h15
Luiz Antonio (46) 21/01/2010 12h15
Conta outra colunista, "jobim o durão", só faltava essa. Esse Jobim, trapaceiro da constituição, está tentando ser vice de alguém para chegar lá sem voto. Não vai a lugar algum... 7 opiniões
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Carlos Augusto (6) 21/01/2010 11h58
Carlos Augusto (6) 21/01/2010 11h58
Acredito que a decisão deva ser estratégica! Tanto do ponto de vista técnico que é o que deve ter maior peso como a decisão estratégica comercial pelo fato do Brasil não ter que perder mais uma vez com atraso tecnológico e geração de empregos internos tendo que exportar nossos "Crânios", os militares não governam o pais! mas devem ser respeitados pois compreendem a estratégia Militar, já os Diplomatas e negocia dores brasileiros tem que ser preparados para tomarem a decisão mais correta em benefico do Pais 1 opinião
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EDUARDO CASSANO (2) 20/01/2010 05h49
EDUARDO CASSANO (2) 20/01/2010 05h49
Em tempo: o que até agora o Jobim e ninguém informou é qual aeronave se encaixa melhor nas necessidades de nossa defesa aérea estratégica, em outras palavras: nao se pode imaginar mais combates aéreos de metralhadora, assim, qual aeronave possui o melhor sistema de armas e autonomia de vôo que se adequa às nossas necessidades? Creio só preço nao é o parâmetro determinante, pois pode ser barato e o míssil nao estar operacional ou a aeronave ter pouca autonomia (lembrar o tamanho do Brasil e dos países europeus), em suma, nao estamos indo à feira comprar bananas e sim coisas que vao defender nosso patrimonio; também pode ser caro e nada disso estar bom para nós; que tal, Sra. Jornalista, informar à opiniao pública os detalhes, já que vamos pagar e, em última análise, vamos ser defendidos por eles? Deixa o Jobim para lá,pois ele é de uma espécie de brasileiros que pouco se importam com seu país. Um abraço. 4 opiniões
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