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13/06/2003
-
12h02
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Casa Civil, José Dirceu, negou hoje que esteja ampliando seu poder no governo. Ontem, um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial determina que passe pelas mãos do ministro todas as nomeações para os 17.851 cargos de confiança do Executivo, denominados DAS (Direção e Assessoramento Superiores).
Segundo ele, quem tem poder é o presidente e o ministro é apenas um auxiliar. "É ilusão, sonho de uma noite de verão, alguém achar que tenha alguma nomeação que saia sem a chancela, a autorização e a determinação do presidente Lula. O presidente da República é quem decide", afirmou após participar nesta manhã da abertura de um encontro nacional de deputados estaduais, em Brasília.
Dirceu disse que sua função é a de executar as decisões de Lula, que o decreto é uma medida burocrática normal e que falar que ele é o homem-forte do governo é "conversa para vender jornal".
"Essa história de que aumenta o poder do ministro José Dirceu é conversa para boi dormir. Eu não tenho poder nenhum, quem tem poder é o presidente. Sou auxiliar dele, meu cargo está à disposição dele", afirmou.
Escalada
Apesar da negativa, Dirceu tem, nas últimas semanas, agregado poder dentro das esferas do governo.
Destacado para articular a base do governo Lula no Congresso Nacional e na relação com os partidos, esteve presente em quase todas as reuniões decisivas com os congressistas. Por sua ação, chegou a ser questionado se acumulava o cargo de ministro e de presidente do PT, que ocupou durante as eleições de 2002 e hoje exercido por José Genoino.
Também indicou Miriam Belchior, assessora especial da Presidência e de sua confiança, para coordenará as reuniões mensais com os secretários-executivos dos ministérios, com o objetivo de coordenar a área social.
Nos últimos dias, esteve à frente das negociações para levar o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, do PDT para o PMDB.
Ontem, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B), chegou a declarar que se algum congressista se posicionar contra o governo iria relatar a Dirceu. O ministro disse hoje "não trabalhar com esse método" e não ter "nenhuma queixa à base e ao PT".
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Dirceu amplia poder sobre divisão de cargos no governo
Para ministro, controlar capitais não é o indicado
Dirceu diz que é "auxiliar de Lula" e nega aumento de poder
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
O ministro da Casa Civil, José Dirceu, negou hoje que esteja ampliando seu poder no governo. Ontem, um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial determina que passe pelas mãos do ministro todas as nomeações para os 17.851 cargos de confiança do Executivo, denominados DAS (Direção e Assessoramento Superiores).
Segundo ele, quem tem poder é o presidente e o ministro é apenas um auxiliar. "É ilusão, sonho de uma noite de verão, alguém achar que tenha alguma nomeação que saia sem a chancela, a autorização e a determinação do presidente Lula. O presidente da República é quem decide", afirmou após participar nesta manhã da abertura de um encontro nacional de deputados estaduais, em Brasília.
Dirceu disse que sua função é a de executar as decisões de Lula, que o decreto é uma medida burocrática normal e que falar que ele é o homem-forte do governo é "conversa para vender jornal".
"Essa história de que aumenta o poder do ministro José Dirceu é conversa para boi dormir. Eu não tenho poder nenhum, quem tem poder é o presidente. Sou auxiliar dele, meu cargo está à disposição dele", afirmou.
Escalada
Apesar da negativa, Dirceu tem, nas últimas semanas, agregado poder dentro das esferas do governo.
Destacado para articular a base do governo Lula no Congresso Nacional e na relação com os partidos, esteve presente em quase todas as reuniões decisivas com os congressistas. Por sua ação, chegou a ser questionado se acumulava o cargo de ministro e de presidente do PT, que ocupou durante as eleições de 2002 e hoje exercido por José Genoino.
Também indicou Miriam Belchior, assessora especial da Presidência e de sua confiança, para coordenará as reuniões mensais com os secretários-executivos dos ministérios, com o objetivo de coordenar a área social.
Nos últimos dias, esteve à frente das negociações para levar o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, do PDT para o PMDB.
Ontem, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B), chegou a declarar que se algum congressista se posicionar contra o governo iria relatar a Dirceu. O ministro disse hoje "não trabalhar com esse método" e não ter "nenhuma queixa à base e ao PT".
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