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20/02/2009 - 12h44

Parlamentares italianos criticam "pedido de perdão" de Battisti

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da Ansa, em Roma

O líder da coalizão PDL (Povo da Liberdade) no Senado, Maurizio Gasparri, criticou nesta sexta-feira a carta do ex-ativista Cesare Battisti, na qual o italiano pede perdão aos cidadãos de seu país pelos atos que cometeu durante a luta armada.

No texto, lido ontem pelo senador brasileiro José Nery (PSOL-PA) no plenário, Battisti pede que os italianos os perdoem e que a Itália mostre seu "lado cristão", pois o "perdão é um ato de nobreza".

"Queremos perguntar a Battisti de que coisa a Itália deveria perdoá-lo. Pelos homicídios brutais que ele cometeu? Se for por isso, então significa que ele admite [os crimes]. E se admite, está disposto a vir para a Itália pedir publicamente desculpa pelas atrocidades que cometeu?", questionou Gasparri.

"Onde estava sua fé cristã enquanto matava inocentes? Ao invés de escrever cartas ridículas, comece a cumprir sua pena na prisão do nosso país. Talvez assim, com a devida humildade, Battisti poderá novamente pedir perdão aos familiares das pessoas que ele e seus companheiros mataram", afirmou o líder da bancada do PDL no Senado.

O documento de oito páginas, escrito à mão pelo italiano que está preso desde 2007 no Brasil, foi levado a plenário na última quinta-feira pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pediu a Nery que o lesse.

"Cesare Battisti ainda quer se mostrar franco, diferente dos seus companheiros que estão cumprindo a pena pelos brutais homicídios cometidos. Sua carta é uma astúcia vergonhosa, a extrema tentativa de fugir de um retorno à Justiça italiana", disse a deputada Michaela Biancofiore (PDL), reprimindo o texto.

Para ela, "pedir perdão à Itália cristã sem um real arrependimento pelos vários homicídios, é absolutamente inaceitável".

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). O ex-ativista de esquerda recebeu refúgio político do Brasil no último mês.

O caso está sob análise do STF (Supremo Tribunal Federal), que decidirá se o ex-membro do PAC deve retornar a seu país ou permanece no Brasil, neste caso como refugiado político.

Comentários dos leitores
Heitor Bonfim (19) 10/12/2009 16h21
Heitor Bonfim (19) 10/12/2009 16h21
O Gabeira escondia este terrorista, agora Lula não sabe o que fazer com ele. Lula não sabe o que fazer com um assassino sangüinario nas mãos. Gabeira soube.
Que coisa, quando não escondem dólares na cueca, os políticos escondem terroristas sangüinários.
O povo que se dane, o cidadão que se dane, malditos!
1 opinião
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claudia kabus (266) 20/11/2009 19h48
claudia kabus (266) 20/11/2009 19h48
para quem não acredita em simples coincidências, é bom anotar nome do partido do terrorista em questão: PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). 6 opiniões
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Disse Thomas Hobbes me Leviatã, obra primorosa da sua lvara: "A ausência de ciência, em outras palavras, a ignorância das causas, predispõe, ou melhor, obriga os homens a confiar na opinião e autoridade alheia. Todos os homens preocupados com a verdade,se não confiarem em sua própria opinião, deverão confiar na de alguma outra pessoa, a quem considerem mais sábia que eles próprios, e não considerem provável que queira enganá-los".
Alguém aplicou um engôdo no presidente para justificar o refúgio concedido ao honorável cidaão Italiano Cesare Battisti no Brasil.
Quem terido sido?
3 opiniões
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