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21/02/2009 - 11h34

Após 7 anos, ministério cobra dívida de novo senador

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HUDSON CORRÊA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
FERNANDO BARROS DE MELLO
da Folha de S.Paulo

A Companhia Sulamericana de Brinquedos, do senador Roberto Cavalcanti Ribeiro (PRB-PB), terá que devolver à União R$ 15.322.456,02, valor corrigido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Ribeiro assumiu a vaga de José Maranhão (PMDB) no Senado, após o colega ser empossado governador da Paraíba, com a cassação de Cássio Cunha Lima (PSDB).

A informação é de Vitorino Luís Domenech, diretor do Ministério da Integração Nacional, responsável pelo processo administrativo para apurar se a empresa desviou ou não dinheiro do financiamento de R$ 66,2 milhões (valor corrigido) tomado em 1991. O dinheiro seria para construir uma fábrica. A investigação ocorre, pelo menos, desde 2002.

Até o ano de 2000, tinham sido liberados R$ 15,3 milhões do financiamento. A origem dos recursos, como a Folha revelou ontem, é um fundo da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste).

Com o dinheiro liberado, a empresa do senador construiu três galpões com área de 27,8 mil metros quadrados e alugou em 2005, por R$ 30 mil mensais, a estrutura ao Carrefour, que instalou no local um centro de distribuição de mercadorias.

A Sulamericana declara no contrato desconhecer a existência de ações judiciais ou processos administrativos. A assessoria do Carrefour afirmou "que a empresa está apurando o relatado".

O senador responde também a duas ações penais na Justiça. Em uma delas, o Ministério Público Federal o acusa de ter reduzido ilegalmente o débito tributário de sua outra empresa, a Polyutil, de R$ 4,4 milhões para R$ 38,7 mil. A Sulamericana funciona no mesmo endereço da Polyutil. O senador nega.

O diretor do ministério disse que não está constatado se houve ou não desvio de recursos. Está comprovado, porém, que o projeto da fábrica foi abandonado, diz Domenech.

Com isso, a empresa não poderá receber mais recursos públicos mesmo se quiser retomar a construção, como propõe. Se não devolver o dinheiro, diz o ministério, a empresa deverá ser cobrada na Justiça.

Outro lado

O grupo empresarial do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) afirmou ontem que vai retomar os galpões alugados ao Carrefour e continuar no local a construção da fábrica, com ajuste nos projetos para enfrentar concorrência no ramo de fabricação de brinquedos.

Segundo o grupo, o Carrefour terá que arranjar outro galpão e terreno para manter o centro de distribuição.

A empresa do senador afirma que alugou a estrutura porque em 2001, com a extinção da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), não obteve mais recursos para tocar a construção da fábrica.

A intenção seria preservar o patrimônio deixando o prédio sob manutenção do Carrefour, que teria investido R$ 1,5 milhão em reformas.

Desde 1989, o senador não é mais diretor da Sulamericana, diz o grupo empresarial. O negócio com o Carrefour ainda recebeu, segundo a empresa, aval do ex-governador Cássio Cunha Lima.

Comentários dos leitores
Gentil Geraldo Favato (3) 01/02/2010 22h19
Gentil Geraldo Favato (3) 01/02/2010 22h19
Seria trágico se não fosse cômico. Esse país jamais será sério. Depois do PT só nos resta mesmo pendurar a chuteira. Acrediatr em mais o quê?
Só roubam! Só mentem!
sem opinião
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Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h23
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h23
Afinal, mentir é mais fácil do que dizer a verdade! Né Sarney? 6 opiniões
avalie fechar
antonio guerra (63) 18/01/2010 20h26
antonio guerra (63) 18/01/2010 20h26
Sarney e Lulla: os intocáveis, os manda-chuvas, e assim vai muito bem o nosso Brasil.
Já pensaram em colocar Sarney como vice da Dilma?
Seria a fanfarra completa.
Afinal, ele é blindado. Ela poderia atirar à vontade...
6 opiniões
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