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03/03/2009 - 20h55

Em nota, MST acirra críticas a Dantas e Mendes

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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Belém

Em nota, a coordenação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Pará aprofundou hoje as críticas ao banqueiro Daniel Dantas, chamando-o de corrupto, e a Gilmar Mendes, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

"Crime não é ocupar terras que não cumpram com sua função social, mas [vender] terras públicas [...] a banqueiros corruptos que são soltos pelo mesmo juiz que faz acusações difamatórias aos movimentos sociais", afirmou a nota.

No último final de semana, integrantes do MST invadiram duas fazendas no sul do Pará da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, controlada pelo grupo Opportunity, de Dantas.

As ações visaram dar uma resposta a Mendes, que criticou na semana passada o repasse de dinheiro público a organizações ligadas ao MST.

Além disso, os sem-terra afirmam que as áreas são públicas e devem ser destinadas à reforma agrária --argumento que a empresa contesta.

A nota também refutou as denúncias da Santa Bárbara, que afirmou que houve violência nas invasões.

Para o MST, essa é uma tentativa de criminalizá-lo. "Foices, fações e enxadas são instrumentos de trabalho para os camponeses, e não se comparam às potentes armas em mãos da 'Escolta Armada' --empresa de segurança contratada pela [...] Santa Bárbara para vigiar as fazendas."

A Vara Agrária de Marabá revogou uma liminar que garantia a reintegração de posse de uma das propriedades invadidas durante o final de semana. A juíza deve conversar com os sem-terra que estão no local antes de decidir.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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