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31/08/2003
-
02h33
RAFAEL CARIELLO
da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao completar oito meses de mandato, atingiu sua maior aprovação até o momento.
Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 20 e 23 de agosto mostra que o desempenho do governo Lula é considerado ótimo ou bom por 45% dos entrevistados, três pontos percentuais acima do verificado na pesquisa anterior, de junho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos.
Dos entrevistados, 42% disseram considerar o governo do presidente Lula regular, e 10%, ruim ou péssimo. Não souberam responder 3% dos entrevistados. O Datafolha ouviu 2.605 pessoas em 130 municípios do país.
A aprovação do governo Lula empata tecnicamente com a maior taxa já registrada pelo Datafolha, em dezembro de 1996, quando o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso era considerado ótimo ou bom por 47% dos entrevistados.
Naquele momento, FHC ainda surfava a onda da estabilização econômica lograda pelo Plano Real e os índices de crescimento econômico desde o controle da inflação, em 1994 (ano em que o PIB cresceu 5,85%; em 1995 cresceu 4,22%, e em 1996, 2,66%).
O governo do presidente Lula atinge os 45% de ótimo/bom em um momento de crise econômica --o PIB encolheu 1,6% no segundo trimestre do ano--, mas após capitalizar a aprovação da reforma da Previdência Social em primeiro turno na Câmara dos Deputados, no último dia 13, e realizar uma ofensiva de mídia (que começou com um pronunciamento oficial no dia seguinte à votação e incluiu entrevistas exclusivas à revista "Veja" e à TV Globo).
Insatisfeitos
Segundo o recorte de "ocupação profissional" feito pelo Datafolha, os menores índices de ótimo/bom conseguidos por Lula estão entre os funcionários públicos (38%) --os principais atingidos pela reforma previdenciária-- e entre os empresários (35%).
Os assalariados, com ou sem registro em carteira de trabalho, estão entre os que mais aprovam o governo, ao lado dos aposentados. Entre os assalariados registrados, 50% consideram Lula ótimo ou bom; entre os sem carteira e os aposentados, 49%.
A aprovação ao governo Lula cresceu sobretudo na região Nordeste, entre as mulheres e entre os brasileiros na faixa etária que vai de 25 a 34 anos.
No Nordeste, subiu de 42% para 48% a proporção de entrevistados que disseram considerar o governo ótimo ou bom. A proporção de mulheres que partilham dessa avaliação subiu de 39% para 44%, enquanto entre os homens os índices de ótimo/bom ficaram estacionados em 46%. Entre as pessoas de 25 a 34 anos, subiu de 42% para 47% a fatia de pessoas que avaliam melhor o governo Lula.
O presidente obtém as maiores avaliações de ótimo/bom entre os homens (46%), os jovens entre 16 e 24 anos (48%), as pessoas que concluíram ensino superior (48%) e as que têm renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (47%). Por esses recortes de sexo, idade, escolaridade e renda, o menor índice de ótimo/bom obtido pelo governo Lula é de 42%.
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Governo Lula é de direita, diz eleitor
Apesar da crise, aprovação a Lula sobe de 42% para 45%
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao completar oito meses de mandato, atingiu sua maior aprovação até o momento.
Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 20 e 23 de agosto mostra que o desempenho do governo Lula é considerado ótimo ou bom por 45% dos entrevistados, três pontos percentuais acima do verificado na pesquisa anterior, de junho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos.
Dos entrevistados, 42% disseram considerar o governo do presidente Lula regular, e 10%, ruim ou péssimo. Não souberam responder 3% dos entrevistados. O Datafolha ouviu 2.605 pessoas em 130 municípios do país.
A aprovação do governo Lula empata tecnicamente com a maior taxa já registrada pelo Datafolha, em dezembro de 1996, quando o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso era considerado ótimo ou bom por 47% dos entrevistados.
Naquele momento, FHC ainda surfava a onda da estabilização econômica lograda pelo Plano Real e os índices de crescimento econômico desde o controle da inflação, em 1994 (ano em que o PIB cresceu 5,85%; em 1995 cresceu 4,22%, e em 1996, 2,66%).
O governo do presidente Lula atinge os 45% de ótimo/bom em um momento de crise econômica --o PIB encolheu 1,6% no segundo trimestre do ano--, mas após capitalizar a aprovação da reforma da Previdência Social em primeiro turno na Câmara dos Deputados, no último dia 13, e realizar uma ofensiva de mídia (que começou com um pronunciamento oficial no dia seguinte à votação e incluiu entrevistas exclusivas à revista "Veja" e à TV Globo).
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Segundo o recorte de "ocupação profissional" feito pelo Datafolha, os menores índices de ótimo/bom conseguidos por Lula estão entre os funcionários públicos (38%) --os principais atingidos pela reforma previdenciária-- e entre os empresários (35%).
Os assalariados, com ou sem registro em carteira de trabalho, estão entre os que mais aprovam o governo, ao lado dos aposentados. Entre os assalariados registrados, 50% consideram Lula ótimo ou bom; entre os sem carteira e os aposentados, 49%.
A aprovação ao governo Lula cresceu sobretudo na região Nordeste, entre as mulheres e entre os brasileiros na faixa etária que vai de 25 a 34 anos.
No Nordeste, subiu de 42% para 48% a proporção de entrevistados que disseram considerar o governo ótimo ou bom. A proporção de mulheres que partilham dessa avaliação subiu de 39% para 44%, enquanto entre os homens os índices de ótimo/bom ficaram estacionados em 46%. Entre as pessoas de 25 a 34 anos, subiu de 42% para 47% a fatia de pessoas que avaliam melhor o governo Lula.
O presidente obtém as maiores avaliações de ótimo/bom entre os homens (46%), os jovens entre 16 e 24 anos (48%), as pessoas que concluíram ensino superior (48%) e as que têm renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (47%). Por esses recortes de sexo, idade, escolaridade e renda, o menor índice de ótimo/bom obtido pelo governo Lula é de 42%.
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