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23/09/2003 - 12h19

Lula repete apelo contra a fome em discurso na ONU

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da Folha Online

Repetindo a temática de seu discurso no Fórum Econômico Mundial, realizado no início do ano em Davos (Suíça), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo hoje em seu pronunciamento na abertura da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas para que a comunidade internacional combata a fome.

Diante de uma platéia de chefes de Estado do mundo todo, Lula discursou por cerca de 20 minutos. Afirmou que é inaceitável que pessoas ainda sofram de desnutrição e morram de fome em pleno século 21, "a idade de ouro da ciência e da tecnologia". Usou como exemplo de ação contra a fome a criação do programa Fome Zero, carro-chefe de seu governo.

"Reitero perante esta assembléia o apelo que dirigi aos Fóruns de Davos e Porto Alegre [Social Mundial] e à cúpula ampliada do G-8 em Evian. Precisamos nos engajar politica e materialmente na única guerra da qual sairemos todos vencedores: a guerra contra a fome. Erradicar a fome no mundo é um imperativo moral e político e todos sabemos que é factível se houver de fato vontade política de realizá-lo", afirmou.

Na Suíça, em janeiro, Lula havia convocado um "pacto mundial pela paz e contra a fome". Na ocasião, disse que o primeiro passo seria criar um "fundo internacional para o combate à miséria e à fome, constituído pelo G-7 e estimulado pelos grandes investidores internacionais".

Hoje, o brasileiro disse ainda que "a verdadeira paz vem da democracia, do direito internacional e, sobretudo, da erradicação da fome". Afirmou que é preciso "lutar pela justiça social" e que "o maior desafio da humanidade é se humanizar.

Desde 1949 um brasileiro fala após o secretário-geral --neste ano Kofi Annan-- abrir oficialmente os trabalhos da entidade. Na sequência, discursou o presidente norte-americano George W. Bush, seguido pelo francês Jacques Chirac.

Protecionismo

O presidente criticou o protecionismo dos países mais ricos, afirmando que ele penaliza as nações em desenvolvimento e que "é hoje o maior obstáculo para que o mundo possa ter uma nova época de progresso econômico e social".

Citou a recente reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Cancún (México), declarando que o Brasil e seus parceiros do G-22 sustentaram que esta grave questão pode ser resolvida por meio de negociação pragmática e mutuamente respeitosa, que leve à efetiva abertura dos mercados. "Reafirmo nossa disposição em buscar caminhos convergentes, que beneficiem a todos, levando em conta as necessidades dos países em desenvolvimento."

Disse que é favorável ao livre comércio, desde que os países mais pobres "tenham oportunidades iguais de competir". "A liberalização deve ocorrer sem que os países sejam privados de sua capacidade de definir políticas dos campos industrial, tecnológico, social e ambiental."

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