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23/09/2003 - 12h56

Lula defende "reforma da ONU" e pede vaga no Conselho de Segurança

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da Folha Online

Em seu discurso na abertura da 58ª Assembléia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma "reforma" da entidade e pediu uma vaga para o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança.

Lula afirmou que a reforma da ONU tornou-se um "imperativo" diante do risco de retrocesso de ordenamento político e internacional. Disse também que é preciso que o Conselho esteja plenamente equipado para enfrentar crises e lidar com as ameaças à paz.

"A composição [do CS], em especial no que se refere aos membros permanentes não pode ser a mesma de quando a ONU foi criada a quase 60 anos. Não podemos ignorar as mudanças que se processaram no mundo, sobretudo a emergência de países em desenvolvimento como atores importantes no cenário internacional, muitas vezes exercendo papel crucial nas buscas de soluções políticas e equilibradas para os conflitos."

E continuou afirmando que "o Brasil está pronto para dar sua contribuição", representando um continente que se distingue pela sua "convivência gloriosa, que constitui um fator de estabilidade mundial".

Ação antiterror

Assim como fizera ontem, em um seminário em Nova York, o brasileiro criticou a política norte-americana de combate ao terrorismo, especialmente a ocupação do Iraque.

Afirmou que "a violência só promove um bem temporário", que é necessário buscar soluções negociadas e que "não se pode confiar mais nas ações militares do que nas instituições que criadas".

"Ainda estão vivas em nossa memória as imagens do bárbaro atentado em 11 de Setembro. Existe hoje louvável disposição em adotar formas mais efetivas de combate ao terrorismo, às armas de destruição em massa e ao crime organizado."

Depois, disse que a ONU precisa ter um papel central no processo de reconstrução do Iraque porque ela "não foi concedida para remover os escombros dos conflitos que ela não pôde evitar".

Homenagem

No início de seu discurso, o brasileiro homenageou o diplomata Sérgio Vieira de Mello, morto em atentado à sede da ONU no Iraque, no mês passado. "Ele sempre acreditou no diálogo. Eexerceu em nome da ONU um humanismo tolerante, pacífico e corajoso que espelha a alma libertária do Brasil."

Lula falou por cerca de 20 minutos, logo na abertura do evento. Desde 1949 um brasileiro fala após o secretário-geral --neste ano Kofi Annan-- abrir oficialmente os trabalhos da entidade. Na sequência, discursou o presidente norte-americano George W. Bush, seguido pelo francês Jacques Chirac.

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