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28/09/2003 - 12h16

D. Eusébio defende a despenalização das drogas e torce para o Bangu

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da France Presse, no Rio de Janeiro

Considerado conservador, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Oscar Scheid, nomeado cardeal hoje pelo papa João Paulo 2º, defendeu a despenalização das drogas e é um fanático pelo futebol, confessando-se torcedor do modesto Bangu, cujos jogos gosta de ver quando suas atividades lhe permitem.

Nascido na cidade de Luzerna, no Estado de Santa Catarina, em dezembro de 1932, Scheid se formou em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e posteriormente se formou em Teologia no mesmo centro de altos estudos.

Em 1961, foi nomeado bispo da cidade de São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo, até que em 1991 foi investido como arcebispo da cidade de Florianópolis (SC).

Em 2001, foi nomeado arcebispo do Rio de Janeiro, onde desempenha suas funções pastorais atualmente, em substituição a d. Eugênio Sales.

Quando assumiu suas funções como arcebispo do Rio de Janeiro, Scheid rapidamente se tornou popular fora do âmbito da igreja por sua firme defesa da participação cidadã na vida política.

Entretanto, o novo cardeal brasileiro não conseguiu articular um bom canal de diálogo com o então governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, um fervoroso evangélico. Entretanto, realizou constantes esforços para manter as divergências fora do campo religioso.

Scheid causou um forte impacto ao chegar ao Rio de Janeiro, já que defendeu a despenalização das drogas. Uma iniciativa desse tipo em todo o mundo --disse o novo cardeal em uma famosa entrevista que concedeu à revista "Isto é"-- "seria um passo importante para a humanidade. Não acho que faça aumentar o número de consumidores".

Em contrapartida, Scheid sempre se manifestou contrário à homossexualidade e ao divórcio. Dois dos livros que escreveu são dedicados à família: "Preparação para o casamento e a vida familiar" e "Introdução à pastoral familiar".

Como qualquer brasileiro, o cardeal Scheid aprecia muito o futebol e desde que chegou ao Rio de Janeiro admitiu que é torcedor de um dos mais modestos clubes da cidade, o Bangu.

Até o ano passado, em seus raríssimos tempos livres, costuma acompanhar os jogos do Bangu como um anônimo na arquibancada.

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