Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/11/2003 - 17h47

Reforma tributária passa na CCJ do Senado com três alterações

Publicidade

CAMILO TOSCANO
da Folha Online, em Brasília

Depois de pouco mais de cinco horas de uma sessão marcada pela recusa da oposição em participar da votação, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou o texto da reforma tributária com três alterações.

As alterações são: a retirada do texto da reforma a cobrança do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) sobre embarcações e aeronaves; a concessão de incentivos fiscais para projetos na área de cultura sem fixar prazo para os atuais e a inclusão de setores de comércio e distribuição no grupo de incentivos fiscais válidos por 11 anos.

A reforma agora segue para votação no plenário do Senado. Segundo o regimento da Casa, são necessárias cinco sessões deliberativas para que o texto possa entrar para a votação em plenário.

Cesta básica

A inclusão das matérias-primas da cesta básica na menor faixa do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços), mudança que chegou a ser anunciada pelo relator da reforma, Romero Jucá (PMDB-RR), como uma das alterações produzidas na CCJ, ficou para o plenário.

A eventual mudança com os produtos da cesta básica atende às reivindicações dos Estados do Centro Oeste. O relatório do senador previa a isenção ou inclusão na menor taxa do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) das matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos da cesta.

"Se for cobrado ICMS sobre a matéria-prima haverá desequilíbrio nos Estados do Centro-Oeste", afirmou Jucá.

Jucá citou como exemplo o óleo de soja. Como os Estados da região são produtores de soja, a isenção ou taxação menor desse produto diminuiria a arrecadação do tributo para os cofres do Estado. "Se a cobrança for feita sobre o óleo de soja, por exemplo, o Centro Oeste não será atingido porque não é grande fabricante do óleo", afirmou.

A definição das cinco alíquotas do ICMS, que substituirão as atuais 44 existentes no país, será feita posteriormente pelo próprio Senado, sendo que a menor faixa deverá ser de 4%.

Fundo de desenvolvimento

Com o objetivo de aproximar os interesses do governo federal aos dos Estados, o relator da reforma tributária no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também apresentou uma nova proposta para o fundo de desenvolvimento regional --a ser criado para atender o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste.

A idéia de Jucá é repassar verbas aos governadores, em forma de investimento em infra-estrutura, mas somente a partir de 2005 e gradativamente. Pela proposta, serão R$ 1 bilhão em 2005 e em 2006, R$ 1,5 bilhão em 2007, e R$ 2 bilhões a partir de 2008. As regiões do noroeste do Rio de Janeiro e do norte de Minas Gerais, além do Espírito Santo, continuam contempladas.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página