Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/05/2009 - 12h16

Mangabeira Unger defende MP que muda lei ambiental e nega benefícios a grileiros

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) saiu em defesa nesta terça-feira da medida provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que promove mudanças na legislação ambiental --com a permissão para a legalização de ocupantes de terras públicas de até 1.500 hectares na Amazônia Legal. Apesar de o PT ter criticado a regularização das terras, o ministro classificou de "equívoco" a interpretação de que a matéria vai legitimar a grilagem no país.

"É o oposto. A grilagem é feita na Amazônia por máfias que se beneficiam da falta de regularização. É um absurdo chamar as 500 mil famílias em áreas urbanas e as 400 mil famílias em áreas rurais que serão regularizadas de grileiros. São eles que construíram a Amazônia. Chamá-los de grileiros é como chamar de grileiros os que ocuparam ou construíram os EUA e a Austrália", reagiu Unger.

Em nota divulgada na semana passada, depois da aprovação da medida provisória na Câmara, o Núcleo Setorial Agrário Nacional do PT afirma a MP teve a "digital inicial da base conservadora do governo" na Casa e "não expressa a história de lutas sociais do PT".

Unger disse que só 20% dos posseiros vão poder exercer atividades econômicas livremente na Amazônia Legal depois de tomarem posse das terras. "Quando a neblina da regularização fundiária se dissipar, os impérios e imperadores de terras ficarão expostos à luz do dia. Todas as posses de 2.500 hectares para cima ficarão suscetíveis de retomada pelo governo federal."

Segundo o ministro, é "totalmente errado dizer que a regularização favorece o desmatamento" na floresta amazônica." É a falta de regularização que cria o ambiente propício à devastação. Menos de 4% das terras em mãos de particulares têm tido a sua situação jurídica esclarecida", afirmou.

Unger explicou que, pela medida, o posseiro "legítimo" vai poder ter acesso a crédito e ajuda técnica na sua propriedade. "Essa é uma revolução, é a base para tudo na Amazônia", afirmou.

Críticas

Além do PT, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) já fez críticas à MP ao defender que o Congresso restrinja a ação dos posseiros na Amazônia. Minc disse que a regularização fundiária na floresta pode representar um "desastre ambiental de grandes proporções" caso os parlamentares retirem condicionantes do texto em meio ao processo de regularização.

A matéria já foi aprovada pela Câmara e agora tramita no Senado. A senadora Katia Abreu (DEM-TO) é relatora da matéria na Casa, mas vem sendo criticada por entidades ambientalistas por ser presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) --entidade ligada à bancada ruralista.

Comentários dos leitores
caio bastos lucchesi (262) 08/01/2010 12h44
caio bastos lucchesi (262) 08/01/2010 12h44
Sem oxigênio não existe vida,consequentemente a
incapacidade dos nossos governos em acabar com
o desmatamento,propiciará para a humanidade o
argumento de ´´legítima defeza´´,justificando a ocupação internacional da Amazônia,ficando inde-
fensável moral e militarmente qualquer reação da
nossa parte,mesmo porque a potência hegemôni-
ca estará atuando em nome da humanidade,e não
serão alguns teco-tecos,brigadas de zarabatas,e
esquadrões de bordunas,que irão garantir a nossa
soberania.
sem opinião
avalie fechar
JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h19
JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h19
pelo visto a amazonia aos olhos dos belos politicos e orgãos que se vendem por qualquer coisa, sera de quem pagar mais. sem opinião
avalie fechar
JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h18
JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h18
este plano de defesa nacional, não é para defender o país ou o povo que aqui esta, e sim mandatos, cuecas cheias de grana, uma verdadeira autorização de bandalheira contra os cofres publicos e o povo deste país. sem opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (658)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página