Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/06/2009 - 17h44

Minc diz que pensa o mesmo que FHC e oito ministros sobre o uso da maconha

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse nesta segunda-feira que vai atender à convocação da Comissão de Segurança Pública da Câmara para explicar, amanhã, sua participação na 'marcha da maconha', realizada no início de maio no Rio de Janeiro. Ao sinalizar ser favorável à descriminalização da maconha para o uso pessoal no país, Minc defendeu mudanças na legislação brasileira para que não haja punições aos usuários.

"Eu irei com alegria e satisfação [à Câmara] esclarecer a minha posição sobre esse problema, que aliás é muito parecida com a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com a posição do governador Sérgio Cabral [Rio de Janeiro] e de oito ministros de Estado que acham que a questão de droga deve ser tratada com uma questão de informação, prevenção e saúde pública. E não achar que o consumidor, o usuário, é um criminoso", afirmou.

Em seminário no início deste ano, FHC disse que descriminalizar não significa "tolerância" ao consumo da droga no país, uma vez que é necessário "quebrar o tabu que bloqueia o debate". Cabral, por sua vez, também defendeu uma ampla discussão sobre a legalização do consumo da maconha por considerar o aumento da violência consequência do tráfico da droga.

Minc disse que, ao participar da "marcha da maconha", não feriu a legislação porque apenas propôs o debate sobre o tema. "O que eu quero é discutir a eficácia das leis. Eu pergunto: alguém em sã consciência acha que as atuais leis são eficazes, que as pessoas consomem menos, que os traficantes são mais fracos, que eles corrompem menos agentes públicos? Não", disse.

O ministro afirmou que seria uma "truculência" proibi-lo de discutir a descriminalização da maconha uma vez que tem autoridade para expressar a sua posição sobre o assunto.

"Enquanto puder, vou continuar discutindo. Eu queria agradecer os deputados que me convidaram porque é mais uma oportunidade do país debater em profundidade, não com dogma, não com preconceito, não tentando intimidar, até porque as pessoas já se deram conta que eu não sou pessoa que se intimida com esse tipo de coisa."

Convocação

Minc foi convocado a se explicar sobre a sua participação na "marcha da maconha" a pedido do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF). O parlamentar considera que o ministro fez apologia à droga ao pregar a liberalização da maconha durante a marcha.

No início de maio, cerca de mil pessoas participaram da marcha da maconha no Rio para defender a legalização do uso da erva no país. Minc acompanhou a marcha ao lado dos manifestantes, a maioria jovens, realizada na praia de Ipanema.

Comentários dos leitores
Paulo José Lima Perillo (1) 18/01/2010 16h56
Paulo José Lima Perillo (1) 18/01/2010 16h56
Ao meu ver, deveriam cumprir o mandato de prisão contra o governador de MS, e ainda incluir o crime de homofobia. É vergonhoso ver tamanho desrespeito entre dois políticos, e mais vergonhoso ainda não ver nenhuma atitude de reprovação e punição. sem opinião
avalie fechar
Hilton Azeredo (2) 26/09/2009 06h35
Hilton Azeredo (2) 26/09/2009 06h35
Essa troca de "gentilezas" entre um governador e um ministro de estado, mostra o nível de qualificação dos personagens no exercício de funções
tão relevantes. Nós, eleitores, na condição de analfabetos funcionais, somos os principais responsáveis pela existência de tais indivíduos na nossa vida pública.
1 opinião
avalie fechar
Alcides Emanuelli (1999) 24/09/2009 23h49
Alcides Emanuelli (1999) 24/09/2009 23h49
Esse é o perfil de nossos homens publicos, são governadores e ministros se agredindo com palavras de baixo calão, com ofensas morais de ambas as partes.
No Parlamento eles se agredem sem saber o que estão fazendo, sai palavra e ofensas para todos os lados, é Sarney que briga pelo poder com seus adversários, é o color com a fisonomia transforma e transtornado agredindo violentamente e mandando o Pedro Simon digerir suas palavras, é sem limites mesmo os limetes da ética, mas eles estão ai mesmo, sempre reeleitos, sempre no Poder e do poder não fazendo nada para o povo e sim de acordo com seus interesses.
O que eles aprovam, mais 8000 mil vagas para 8000 mil malandros nas casas legislativas das cidades.
É a liberação da obstrução que a ficha suja poderia gerar na impossibilidades de se candidatarem, eles não aprovaram agora o cara pode ser ladrão devedor de todos os lados que pode ser candidato e o povo coitado sempre esperando por seriedade, honestidade e ética.
Antes eles até que falavam nisso, mas o tempo foi passando e eles esqueceram que existe algo como ética e moral na vida de um cidadão, e hoje eles são só um bando corporativistas de interesseiros oportunistas.
4 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (104)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página