Publicidade
Publicidade
Senadores dizem que Sarney demorou para anunciar medidas e cobram demissão de diretor
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Senadores da base aliada governista e da oposição resolveram dar uma espécie de "voto de confiança" ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), depois do anúncio da criação de comissão externa para investigar os responsáveis pelos atos secretos editados na instituição nos últimos 14 anos. Apesar de cobrar a imediata demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, parlamentares esperam que a comissão apure as responsabilidades a fundo.
"Para não ser sempre crítico, vamos dar crédito às medidas que ele anunciou. O grande erro desta semana foi esperar a semana que vem para anunciar as medidas. Se nada de concreto acontecer, aí a posição do presidente Sarney fica insustentável", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES) à Folha Online.
O senador Álvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB, disse que Sarney errou ao postergar o anúncio de medidas mais duras contra a crise que atinge a instituição. O tucano disse esperar, porém, que a comissão externa criada por Sarney traga resultados efetivos. "Essa providência poderia ter sido tomada no primeiro momento. Se ofereceu espaço para a crise crescer. As pessoas que vão compor a comissão têm que ser chamadas à realidade", afirmou.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que a criação de uma comissão externa foi uma medida "correta" adotada por Sarney. Mas disse esperar a nomeação de um novo diretor para a Casa, com a demissão de Gazineo. "O que achamos é que o presidente deveria nomear um diretor com mandato de dois anos com o nome aprovado no plenário, o que automaticamente implica no afastamento do atual diretor", afirmou.
Medidas
Mesmo com a criação da comissão externa, os 20 senadores que assinaram documento com sugestões de mudanças na instituição vão cobrar a adoção das medidas na semana que vem. A prioridade para os 20 senadores é a demissão de Gazineo com a nomeação do novo diretor aprovada em plenário.
"O que eu defendo é um afastamento dos diretores envolvidos no episódio enquanto durarem as investigações. No final, se ficar comprovado que estão envolvidos, que as providências jurídicas sejam tomadas", afirmou Dias.
O grupo encaminhou nesta quinta-feira a Sarney o documento com oito sugestões de mudanças na estrutura do Senado. O peemedebista vai avaliar as propostas em reunião da Mesa Diretora, marcada para a próxima terça-feira. Ao anunciar a criação da comissão de sindicância, Sarney manteve silêncio sobre a eventual demissão de Gazineo e do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia.
Leia mais notícias sobre o Congresso
- Sarney nega ter conhecimento da nomeação de seus familiares por atos sigilosos
- Sarney diz que cabe ao STF investigar senadores por atos secretos
- Sarney diz que demissão de diretor será discutida com Mesa Diretora e líderes
- Sarney determina criação de nova comissão para investigar responsáveis por atos secretos
Outras notícias sobre política em Brasil
- Mendes diz que registro de jornalista perdeu o sentido e que outros diplomas vão cair
- TSE rejeita acusação contra presidente da Assembleia do Rio
- TSE nega recurso de suplente que solicitou perda de mandato de Edmar Moreira
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
avalie fechar
avalie fechar
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
avalie fechar