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19/06/2009 - 15h34

Senadores dizem que Sarney demorou para anunciar medidas e cobram demissão de diretor

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Senadores da base aliada governista e da oposição resolveram dar uma espécie de "voto de confiança" ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), depois do anúncio da criação de comissão externa para investigar os responsáveis pelos atos secretos editados na instituição nos últimos 14 anos. Apesar de cobrar a imediata demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, parlamentares esperam que a comissão apure as responsabilidades a fundo.

"Para não ser sempre crítico, vamos dar crédito às medidas que ele anunciou. O grande erro desta semana foi esperar a semana que vem para anunciar as medidas. Se nada de concreto acontecer, aí a posição do presidente Sarney fica insustentável", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES) à Folha Online.

O senador Álvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB, disse que Sarney errou ao postergar o anúncio de medidas mais duras contra a crise que atinge a instituição. O tucano disse esperar, porém, que a comissão externa criada por Sarney traga resultados efetivos. "Essa providência poderia ter sido tomada no primeiro momento. Se ofereceu espaço para a crise crescer. As pessoas que vão compor a comissão têm que ser chamadas à realidade", afirmou.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que a criação de uma comissão externa foi uma medida "correta" adotada por Sarney. Mas disse esperar a nomeação de um novo diretor para a Casa, com a demissão de Gazineo. "O que achamos é que o presidente deveria nomear um diretor com mandato de dois anos com o nome aprovado no plenário, o que automaticamente implica no afastamento do atual diretor", afirmou.

Medidas

Mesmo com a criação da comissão externa, os 20 senadores que assinaram documento com sugestões de mudanças na instituição vão cobrar a adoção das medidas na semana que vem. A prioridade para os 20 senadores é a demissão de Gazineo com a nomeação do novo diretor aprovada em plenário.

"O que eu defendo é um afastamento dos diretores envolvidos no episódio enquanto durarem as investigações. No final, se ficar comprovado que estão envolvidos, que as providências jurídicas sejam tomadas", afirmou Dias.

O grupo encaminhou nesta quinta-feira a Sarney o documento com oito sugestões de mudanças na estrutura do Senado. O peemedebista vai avaliar as propostas em reunião da Mesa Diretora, marcada para a próxima terça-feira. Ao anunciar a criação da comissão de sindicância, Sarney manteve silêncio sobre a eventual demissão de Gazineo e do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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