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12/03/2004
-
13h56
da Folha Online
Em depoimento à CPI da Pirataria na Assembléia Legislativa de São Paulo, o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, preso na Operação Anaconda sob a acusação de comandar um esquema de venda de sentenças, acusou a Polícia Federal de "sumir" com fitas gravadas durante a investigação da morte do prefeito de Santo André Celso Daniel.
"Eu acho que a diligência [da Polícia Federal] foi aproveitada para sumir com essas fitas. Eu acuso frontalmente a Polícia Federal de ter feito isso", declarou aos deputados.
As escutas foram consideradas ilícitas por Rocha Mattos, que enquanto exercia a função mandou destruir as fitas. Ele afirmou que quando a Polícia Federal pediu autorização para fazer os grampos, informou que o motivo da investigação era tráfico de drogas, não o assassinato do prefeito.
Segundo o juiz, as fitas estavam na casa dele e cópias das gravações foram levadas para a casa de sua ex-mulher, Norma Regina. Rocha Mattos disse ainda acreditar que a PF fez deligências na casa de Norma para pegar as fitas.
Em tom de ironia e deboche, o juiz afastado chamou o Ministério Público de "irresponsável" e sugeriu à CPI fazer representações contra o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.
"Ao se olhar para as procuradoras [Janice Ascari e Ana Lúcia Amaral] se vê que elas são totalmente estranhas", afirmou.
Outro lado
Em nota, a Polícia Federal diz que "refuta a veracidade da declaração" de Rocha Mattos e que "o mandado de busca e apreensão foi executado na presença de um representante do Ministério Público Federal, e todo material apreendido, encontra-se descrito em um Auto Circunstanciado de Busca e Apreensão e encaminhado à desembargadora federal, do Tribunal Regional Federal-3ª Região, Terezinha Cazerta, relatora do inquérito Anaconda.
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Em depoimento à CPI da Pirataria na Assembléia Legislativa de São Paulo, o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, preso na Operação Anaconda sob a acusação de comandar um esquema de venda de sentenças, acusou a Polícia Federal de "sumir" com fitas gravadas durante a investigação da morte do prefeito de Santo André Celso Daniel.
"Eu acho que a diligência [da Polícia Federal] foi aproveitada para sumir com essas fitas. Eu acuso frontalmente a Polícia Federal de ter feito isso", declarou aos deputados.
As escutas foram consideradas ilícitas por Rocha Mattos, que enquanto exercia a função mandou destruir as fitas. Ele afirmou que quando a Polícia Federal pediu autorização para fazer os grampos, informou que o motivo da investigação era tráfico de drogas, não o assassinato do prefeito.
Segundo o juiz, as fitas estavam na casa dele e cópias das gravações foram levadas para a casa de sua ex-mulher, Norma Regina. Rocha Mattos disse ainda acreditar que a PF fez deligências na casa de Norma para pegar as fitas.
Em tom de ironia e deboche, o juiz afastado chamou o Ministério Público de "irresponsável" e sugeriu à CPI fazer representações contra o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.
"Ao se olhar para as procuradoras [Janice Ascari e Ana Lúcia Amaral] se vê que elas são totalmente estranhas", afirmou.
Outro lado
Em nota, a Polícia Federal diz que "refuta a veracidade da declaração" de Rocha Mattos e que "o mandado de busca e apreensão foi executado na presença de um representante do Ministério Público Federal, e todo material apreendido, encontra-se descrito em um Auto Circunstanciado de Busca e Apreensão e encaminhado à desembargadora federal, do Tribunal Regional Federal-3ª Região, Terezinha Cazerta, relatora do inquérito Anaconda.
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