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12/05/2004
-
17h38
da Folha Online
Os Estados Unidos criticaram nesta quarta-feira o cancelamento do visto do correspondente do diário "The New York Times" Larry Rohter pelo governo brasileiro, em retaliação à reportagem sobre o suposto hábito de beber do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Richard Boucher, disse que, apesar de "os EUA manterem boas relações com o presidente Lula e seu governo e de o artigo do "NYT" não representar a opinião do governo norte-americano, a decisão [de cancelar o visto do jornalista] não combina com o forte comprometimento do Brasil com a liberdade de imprensa".
Ontem, em nota assinada pelo Ministério da Justiça, o governo brasileiro afirmou que a presença de Larry Rohter no país era "inconveniente".
O editor executivo do "The New York Times", Bill Keller, divulgou comunicado afirmando que, se o Brasil "tem a intenção de expulsar um jornalista por escrever um artigo que ofendeu o presidente, isso levanta sérias questões sobre seu suposto compromisso com a liberdade de expressão e com uma imprensa livre."
O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, afirmou que a questão não deve ser analisada do ponto de vista da liberdade de imprensa. "Foi um ato [a reportagem] não gratuito e difamatório, pensado para diminuir a figura e a dimensão do presidente. Foi uma ofensa à dignidade do presidente."
Amorim acrescentou que o governo brasileiro pediu uma retratação ao "NYT", mas que a direção do jornal havia se limitado a publicar, na terça-feira, uma carta enviada pelo embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur.
"Como fazem com todos os chefes de Estado, eles convidaram Lula para fazer uma visita ao jornal. Esse convite beira a ironia", disse o ministro.
Com agências internacionais
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Para EUA, cancelamento de visto de jornalista viola liberdade de imprensa
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Os Estados Unidos criticaram nesta quarta-feira o cancelamento do visto do correspondente do diário "The New York Times" Larry Rohter pelo governo brasileiro, em retaliação à reportagem sobre o suposto hábito de beber do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Richard Boucher, disse que, apesar de "os EUA manterem boas relações com o presidente Lula e seu governo e de o artigo do "NYT" não representar a opinião do governo norte-americano, a decisão [de cancelar o visto do jornalista] não combina com o forte comprometimento do Brasil com a liberdade de imprensa".
Ontem, em nota assinada pelo Ministério da Justiça, o governo brasileiro afirmou que a presença de Larry Rohter no país era "inconveniente".
O editor executivo do "The New York Times", Bill Keller, divulgou comunicado afirmando que, se o Brasil "tem a intenção de expulsar um jornalista por escrever um artigo que ofendeu o presidente, isso levanta sérias questões sobre seu suposto compromisso com a liberdade de expressão e com uma imprensa livre."
O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, afirmou que a questão não deve ser analisada do ponto de vista da liberdade de imprensa. "Foi um ato [a reportagem] não gratuito e difamatório, pensado para diminuir a figura e a dimensão do presidente. Foi uma ofensa à dignidade do presidente."
Amorim acrescentou que o governo brasileiro pediu uma retratação ao "NYT", mas que a direção do jornal havia se limitado a publicar, na terça-feira, uma carta enviada pelo embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur.
"Como fazem com todos os chefes de Estado, eles convidaram Lula para fazer uma visita ao jornal. Esse convite beira a ironia", disse o ministro.
Com agências internacionais
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