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14/05/2004
-
19h03
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em resposta à reportagem do correspondente do "New York Times" no país Larry Rohter, que o jornalista "não poderia passar para fora que o Brasil é governado por um alcoólatra". A declaração foi feita em entrevista à revista "IstoÉ", que chega amanhã às bancas.
"Primeiro, eu não sou o Lula, sou o presidente da República. Que é uma instituição. Segundo, esse cidadão [Rohter] nunca esteve comigo, nunca viu o meu cotidiano. Não poderia passar para fora que o Brasil é governado por um alcoólatra. Eu duvido que qualquer companheiro tenha me visto bêbado alguma vez", disse.
O presidente critica as fontes do repórter do "NYT", especialmente o presidente do PDT, Leonel Brizola, que, segundo ele, "que deve ter muita experiência de alcoolismo mesmo".
"Nenhum político neste país já bebeu com o povo como eu bebi. E você lembra. Eu tomava meu aperitivo, e às vezes era na porta de fábrica. Nunca escondi de ninguém, nunca fingi, nunca impedi que tirassem uma fotografia minha. Agora, veja a situação. Quando eu chegar na África do Sul, em Angola, quando eu for falar com o cheque da Arábia Saudita, ele vai dizer: 'Pô, será que esse cara está bêbado? Ele é um alcoólatra.' Fiquei indefeso. O Brasil não é governado por um alcoólatra", disse.
Lula diz ainda que o único instrumento que tinha para se defender era o cancelamento do visto temporário do jornalista. "Eu aprendi desde pequeno, acho que por razões da minha família, a me respeitar, sabe? Aprendi a ter auto-estima. Se eu não me defender, ninguém vai me defender. Este foi o gesto da minha indignação. O cidadão não fez uma crítica política, uma crítica ao governo, ele atacou, da forma mais difamatória possível, a instituição Presidência da República. Não foi uma coisa qualquer que ele fez."
"Esse cidadão não tem direito de estar aqui, é uma concessão do Estado brasileiro permitir que ele fique aqui. Essa pessoa é uma persona non grata no Brasil. Está vencendo o contrato dele e não vamos renovar. O NYT que mande outro para cá. Fiz isto com a maior consciência, sabendo, inclusive, dos antecedentes deste cara", disse.
No texto, Lula diz ainda que "os EUA não concedem visto ao deputado Fernando Gabeira [sem partido-RJ], que sequestrou o embaixador em 1968". "O embaixador já morreu de velho e ainda hoje o Gabeira não consegue entrar lá."
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Entenda a polêmica sobre a reportagem do "NYT"
Brasil não é governado por um alcóolatra, diz Lula a revista
Brasil não é governado por um alcoólatra, diz Lula a revista
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em resposta à reportagem do correspondente do "New York Times" no país Larry Rohter, que o jornalista "não poderia passar para fora que o Brasil é governado por um alcoólatra". A declaração foi feita em entrevista à revista "IstoÉ", que chega amanhã às bancas.
"Primeiro, eu não sou o Lula, sou o presidente da República. Que é uma instituição. Segundo, esse cidadão [Rohter] nunca esteve comigo, nunca viu o meu cotidiano. Não poderia passar para fora que o Brasil é governado por um alcoólatra. Eu duvido que qualquer companheiro tenha me visto bêbado alguma vez", disse.
O presidente critica as fontes do repórter do "NYT", especialmente o presidente do PDT, Leonel Brizola, que, segundo ele, "que deve ter muita experiência de alcoolismo mesmo".
"Nenhum político neste país já bebeu com o povo como eu bebi. E você lembra. Eu tomava meu aperitivo, e às vezes era na porta de fábrica. Nunca escondi de ninguém, nunca fingi, nunca impedi que tirassem uma fotografia minha. Agora, veja a situação. Quando eu chegar na África do Sul, em Angola, quando eu for falar com o cheque da Arábia Saudita, ele vai dizer: 'Pô, será que esse cara está bêbado? Ele é um alcoólatra.' Fiquei indefeso. O Brasil não é governado por um alcoólatra", disse.
Lula diz ainda que o único instrumento que tinha para se defender era o cancelamento do visto temporário do jornalista. "Eu aprendi desde pequeno, acho que por razões da minha família, a me respeitar, sabe? Aprendi a ter auto-estima. Se eu não me defender, ninguém vai me defender. Este foi o gesto da minha indignação. O cidadão não fez uma crítica política, uma crítica ao governo, ele atacou, da forma mais difamatória possível, a instituição Presidência da República. Não foi uma coisa qualquer que ele fez."
"Esse cidadão não tem direito de estar aqui, é uma concessão do Estado brasileiro permitir que ele fique aqui. Essa pessoa é uma persona non grata no Brasil. Está vencendo o contrato dele e não vamos renovar. O NYT que mande outro para cá. Fiz isto com a maior consciência, sabendo, inclusive, dos antecedentes deste cara", disse.
No texto, Lula diz ainda que "os EUA não concedem visto ao deputado Fernando Gabeira [sem partido-RJ], que sequestrou o embaixador em 1968". "O embaixador já morreu de velho e ainda hoje o Gabeira não consegue entrar lá."
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