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09/06/2004 - 14h59

Costa não vê relação entre arrombamento de arquivo e Operação Vampiro

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O Ministério da Saúde não vê indícios de que o seu arquivo central foi arrombado para eliminar provas sobre a Operação Vampiro da Polícia Federal. A informação é do ministro Humberto Costa, que deverá divulgar ainda hoje uma nota sobre as investigações com relação à violação da sala que guardava documentos referentes às licitações realizadas pelo ministério.

Costa admitiu que, mesmo não havendo, por enquanto, indicações de que o arrombamento esteja relacionado ao esquema de fraudes em licitações públicas, investigado pela PF, o caso é um "ato criminoso", que está sendo investigado.

No arquivo, que fica no subsolo de um prédio anexo à sede do ministério, estão todos os documentos das áreas técnica, financeira e administrativa da pasta, entre os quais a papelada de todos os processos de licitação da pasta.

O ministro, que participou hoje de solenidade de assinatura de contratos do programa Luz para Todos no Palácio do Planalto, evitou falar sobre sua situação no cargo diante das denúncias de fraudes.

Roubo

Ontem, a Polícia Federal informou que trabalha com a tese de assalto na sala na qual funciona o arquivo geral de documentos da Saúde, em Brasília. A única anormalidade encontrada foi o desaparecimento de R$ 170 da gaveta de uma funcionária do órgão, que não teve seu nome revelado por razões de segurança. Até ontem, cerca de 70% da documentação já havia sido analisada.

O local invadido concentra os mais importantes documentos sobre as licitações da pasta, foco da Polícia Federal, que investiga a atuação de uma quadrilha que fraudava compras do ministério.

Segundo o ministério, um segurança do prédio anexo identificou o arrombamento da sala do arquivo por volta das 20h30 da última sexta-feira. A polícia investiga se há relação entre o arrombamento e as investigações da Operação Vampiro.

Desde que o escândalo veio à tona, 25 funcionários do ministério foram exonerados. Dez deles foram afastados da pasta de forma "preventiva". A maioria dos acusados atuava na comissão de licitação do ministério. Eles, segundo a investigação da PF, recebiam comissões de lobistas e empresários do ramo de medicamentos.

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