Publicidade
Publicidade
14/06/2004
-
19h22
da Folha Online
O primeiro dia da mesa de negociações da Unctad, a conferência da ONU sobre comércio e desenvolvimento, neste ano sediada em São Paulo, foi marcado pelo excesso de segurança, falhas na sinalização e cenas de irritação nos corredores e arredores do Anhembi (zona norte). A Unctad é o maior evento realizado no Brasil desde a Eco92, no Rio.
Nesta segunda-feira, muitos participantes reclamaram nos corredores do excesso de seguranças, que impediam ou atrasavam o acesso dos delegados às diferentes salas e pavilhões. Para passar de um pavilhão ao outro, por exemplo, em alguns casos o visitante era submetido a dois detectores de metal e vistoria de credencial. Até mesmo ministros e secretários de diferentes países tiveram dificuldades de deslocamento.
Um palestrante foi barrado na entrada do pavilhão Espaço Brasil, onde ministros mantiveram reuniões bilaterais, porque as portas foram trancadas enquanto o presidente Lula estava lá dentro. O acesso a alguns banheiros também foi restringido.
Outro fator que irritou os presentes foi a falta de sinalização nas dependências do Anhembi e o atraso de algumas plenárias. Em tom irônico, um delegado europeu dizia estar em um "labirinto".
Uma funcionária do setor de mídia queixou-se da falta de pessoal para preparar as cópias dos discursos das autoridades. Hoje, no total, havia 25 pronunciamentos que deveriam ser distribuídos em diferentes idiomas, mas nem todos estavam disponíveis.
O segundo discurso do presidente Lula, por exemplo, só foi disponibilizado cinco horas depois do pronunciamento. Já o do chanceler Celso Amorim, que falou às 14h30, não chegou a ser repassado.
O programa da terça-feira não havia sido confirmado até o início da noite de hoje. Apesar de haver uma agenda dos temas pré-definidos para os debates, os nomes dos palestrantes não foram divulgados.
Os participantes dos países sul-americanos também reclamaram dos preços "dolarizados" dos serviços de alimentação. Um café, por exemplo, custava R$ 3. Procurada pela reportagem, a organização do evento disse que até às 19h não era possível informar o número de participantes e delegações.
Segurança
Os profissionais da imprensa também enfrentaram dificuldades. Houve confusão na listagem de jornalistas e alguns tiveram de refazer o credenciamento hoje. Outro caso foi o de jornalistas credenciados pelo Palácio do Planalto para acompanhar a passagem do presidente Lula barrados na entrada do evento. Foi exigida também a autorização da ONU.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo destacou cerca de 5.000 policiais para trabalharem na conferência, entre policiais militares da tropa de choque, da Rota, do Corpo de Bombeiros, da Cavalaria, da Polícia Rodoviária e do esquadrão anti-bomba.
Segundo a secretaria, foram destacados oito helicópteros para o evento, sendo que um deles está à disposição do secretário-geral da ONU, Kofi Annan. A segurança também teve a presença de homens do Exército. Os militares, armados, estão posicionados em pontos das principais vias da cidade.
A organização do evento é de responsabilidade da ONU, com apoios do governo federal e da Prefeitura de São Paulo.
Leia mais
Lula cobra "ambição"e diz que "desenvolvimento não é automático"
Lula diz que irá propor a criação de centro de estudos de combate à pobreza
Em discurso, Lula volta a defender mudanças na ordem econômica mundial
Especial
Veja especial sobre a 11ª Reunião da Unctad
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a Unctad em SP
Excesso de segurança tumultua primeiro dia da Unctad
Publicidade
O primeiro dia da mesa de negociações da Unctad, a conferência da ONU sobre comércio e desenvolvimento, neste ano sediada em São Paulo, foi marcado pelo excesso de segurança, falhas na sinalização e cenas de irritação nos corredores e arredores do Anhembi (zona norte). A Unctad é o maior evento realizado no Brasil desde a Eco92, no Rio.
Nesta segunda-feira, muitos participantes reclamaram nos corredores do excesso de seguranças, que impediam ou atrasavam o acesso dos delegados às diferentes salas e pavilhões. Para passar de um pavilhão ao outro, por exemplo, em alguns casos o visitante era submetido a dois detectores de metal e vistoria de credencial. Até mesmo ministros e secretários de diferentes países tiveram dificuldades de deslocamento.
Um palestrante foi barrado na entrada do pavilhão Espaço Brasil, onde ministros mantiveram reuniões bilaterais, porque as portas foram trancadas enquanto o presidente Lula estava lá dentro. O acesso a alguns banheiros também foi restringido.
Outro fator que irritou os presentes foi a falta de sinalização nas dependências do Anhembi e o atraso de algumas plenárias. Em tom irônico, um delegado europeu dizia estar em um "labirinto".
Uma funcionária do setor de mídia queixou-se da falta de pessoal para preparar as cópias dos discursos das autoridades. Hoje, no total, havia 25 pronunciamentos que deveriam ser distribuídos em diferentes idiomas, mas nem todos estavam disponíveis.
O segundo discurso do presidente Lula, por exemplo, só foi disponibilizado cinco horas depois do pronunciamento. Já o do chanceler Celso Amorim, que falou às 14h30, não chegou a ser repassado.
O programa da terça-feira não havia sido confirmado até o início da noite de hoje. Apesar de haver uma agenda dos temas pré-definidos para os debates, os nomes dos palestrantes não foram divulgados.
Os participantes dos países sul-americanos também reclamaram dos preços "dolarizados" dos serviços de alimentação. Um café, por exemplo, custava R$ 3. Procurada pela reportagem, a organização do evento disse que até às 19h não era possível informar o número de participantes e delegações.
Segurança
Os profissionais da imprensa também enfrentaram dificuldades. Houve confusão na listagem de jornalistas e alguns tiveram de refazer o credenciamento hoje. Outro caso foi o de jornalistas credenciados pelo Palácio do Planalto para acompanhar a passagem do presidente Lula barrados na entrada do evento. Foi exigida também a autorização da ONU.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo destacou cerca de 5.000 policiais para trabalharem na conferência, entre policiais militares da tropa de choque, da Rota, do Corpo de Bombeiros, da Cavalaria, da Polícia Rodoviária e do esquadrão anti-bomba.
Segundo a secretaria, foram destacados oito helicópteros para o evento, sendo que um deles está à disposição do secretário-geral da ONU, Kofi Annan. A segurança também teve a presença de homens do Exército. Os militares, armados, estão posicionados em pontos das principais vias da cidade.
A organização do evento é de responsabilidade da ONU, com apoios do governo federal e da Prefeitura de São Paulo.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice