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14/06/2004
-
21h01
ELAINE COTTA
da Folha Online
A proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a criação de um fundo mundial de combate à fome e à pobreza será discutida na sede da ONU, em Nova York, em setembro. O projeto foi alvo de uma conversa entre o presidente e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, nesta segunda-feira, durante a 11ª Unctad, que acontece em São Paulo.
Segundo o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, Lula e Anann agendaram uma reunião para o dia 20 de setembro, em Nova York, para detalhar a criação do fundo.
Garcia afirmou que já foram realizados vários estudos técnicos sobre o tema e que entre as propostas de financiamento do projeto está a criação de uma taxa sobre o comércio de armas --um dos mais rentáveis do mundo, ao lado do tráfico de drogas e do comércio ilegal de animais.
"Agora se trata mais de dar os passos finais", afirmou o assessor do presidente. Segundo Garcia, a reação dos principais líderes mundiais a essa proposta tem sido positiva.
Lula propôs pela primeira vez a criação do fundo durante o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), em janeiro de 2003.
Unctad
Garcia disse ainda que um grupo de trabalho já começou a discutir as formas de viabilizar o projeto durante a Conferência da Unctad, em São Paulo.
"Em julho o grupo deve ter preparada uma proposta que circulará entre os chefes de Estado e que estarão presentes na reunião de setembro em Nova York", afirmou.
Viabilidade
O assessor da Presidência disse estar confiante na viabilidade do fundo e na sua capacidade de reduzir os níveis de fome e pobreza mundiais.
"De uma maneira geral, as respostas que temos tido até agora são muito boas. Embora algumas propostas sejam difíceis de implementação, todas elas me parecem tecnicamente consistentes", disse.
Garcia, no entanto, não descartou o fato do sucesso do fundo depender, e muito, de uma aceitação e da vontade política de muitos governos, principalmente os dos países desenvolvidos.
"O presidente Lula tem insistido muito que hoje as questões de segurança não podem ser separadas das questões relacionadas com a miséria", disse.
Durante o seu discurso na abertura da Unctad, Lula destacou que a fome é a principal arma de destruição em massa e que se as nações estão preocupadas com segurança, devem também se preocupar com o problema da exclusão social.
Propostas
Garcia citou como exemplo de maneiras para angariar recursos para o Fundo de combate à Fome e à Pobreza, a proposta do ministro de Finanças do Reino Unido, Gordon Brown.
Brown sugeriu uma antecipação por meio de uma emissão de bônus de um fundo de dinheiro que sairia dos orçamentos dos principais países desenvolvidos para auxíliar os países em desenvolvimento.
Outra proposta --além da taxação sobre o comércio de armas-- seria a adoção de uma taxa sobre recursos investidos em paraísos fiscais.
"São temas complexos que vão começar a ser discutidos agora", afirmou Garcia.
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Lula e Annan começam a desenhar fundo mundial de combate à pobreza
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da Folha Online
A proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a criação de um fundo mundial de combate à fome e à pobreza será discutida na sede da ONU, em Nova York, em setembro. O projeto foi alvo de uma conversa entre o presidente e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, nesta segunda-feira, durante a 11ª Unctad, que acontece em São Paulo.
Segundo o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, Lula e Anann agendaram uma reunião para o dia 20 de setembro, em Nova York, para detalhar a criação do fundo.
Garcia afirmou que já foram realizados vários estudos técnicos sobre o tema e que entre as propostas de financiamento do projeto está a criação de uma taxa sobre o comércio de armas --um dos mais rentáveis do mundo, ao lado do tráfico de drogas e do comércio ilegal de animais.
"Agora se trata mais de dar os passos finais", afirmou o assessor do presidente. Segundo Garcia, a reação dos principais líderes mundiais a essa proposta tem sido positiva.
Lula propôs pela primeira vez a criação do fundo durante o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), em janeiro de 2003.
Unctad
Garcia disse ainda que um grupo de trabalho já começou a discutir as formas de viabilizar o projeto durante a Conferência da Unctad, em São Paulo.
"Em julho o grupo deve ter preparada uma proposta que circulará entre os chefes de Estado e que estarão presentes na reunião de setembro em Nova York", afirmou.
Viabilidade
O assessor da Presidência disse estar confiante na viabilidade do fundo e na sua capacidade de reduzir os níveis de fome e pobreza mundiais.
"De uma maneira geral, as respostas que temos tido até agora são muito boas. Embora algumas propostas sejam difíceis de implementação, todas elas me parecem tecnicamente consistentes", disse.
Garcia, no entanto, não descartou o fato do sucesso do fundo depender, e muito, de uma aceitação e da vontade política de muitos governos, principalmente os dos países desenvolvidos.
"O presidente Lula tem insistido muito que hoje as questões de segurança não podem ser separadas das questões relacionadas com a miséria", disse.
Durante o seu discurso na abertura da Unctad, Lula destacou que a fome é a principal arma de destruição em massa e que se as nações estão preocupadas com segurança, devem também se preocupar com o problema da exclusão social.
Propostas
Garcia citou como exemplo de maneiras para angariar recursos para o Fundo de combate à Fome e à Pobreza, a proposta do ministro de Finanças do Reino Unido, Gordon Brown.
Brown sugeriu uma antecipação por meio de uma emissão de bônus de um fundo de dinheiro que sairia dos orçamentos dos principais países desenvolvidos para auxíliar os países em desenvolvimento.
Outra proposta --além da taxação sobre o comércio de armas-- seria a adoção de uma taxa sobre recursos investidos em paraísos fiscais.
"São temas complexos que vão começar a ser discutidos agora", afirmou Garcia.
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