Publicidade
Publicidade
17/06/2004
-
20h28
da Folha Online
Pouco mais de um mês depois de perder a votação da medida provisória que proibia o jogo de bingo no país, o governo Lula sofreu hoje o segundo revés no Congresso Nacional. Com folga, a oposição derrubou a MP do salário mínimo. O palco das duas derrotas foi o Senado.
Diferentemente da votação da MP dos bingos, rejeitada por um voto, o placar de hoje foi humilhante, com diferença de 13 votos favoráveis à oposição --44 a 31. Foi aprovada a proposta da oposição que amplia o mínimo de R$ 260 para R$ 275.
O governo argumenta que o aumento maior do salário geraria prejuízo nas contas da Previdência --cada R$ 1 de reajuste representa R$ 100 de déficit.
Nas duas derrotas, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou negociar pessoalmente --e sem sucesso-- com os senadores. Ministros e até governadores dos partidos aliados também pressionaram para tentar evitar os fiascos.
No revés do bingo, a base estava desarticulada com a ausência do líder do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), que viajou a Salvador para o enterro de um ex-sogro. Hoje, no final da tarde, os líderes governistas já admitiam que a derrota era irreversível.
Nesta quinta-feira, enquanto a proposta ia a plenário, Lula estava reunido com os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política), José Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda). A semana que antecedeu a votação foi marcada por notícias de divergências nos bastidores entre os principais ministros do governo. A suposta disputa entre Aldo e Dirceu pela articulação política teria influenciado na votação.
Assim como na MP do bingo, o placar do mínimo demonstrou dissidências em praticamente todos os partidos da base aliada, inclusive no PT. Hoje, contrariaram o governo os petistas Paulo Paim (RS), Flávio Arns (PR) e Serys Slhessarenko (MT), além de outros nove aliados --cinco do PMDB, dois do PL e dois do PSB.
Leia mais
Senado aprova mínimo de R$ 275 e derrota governo
Palocci diz que salário mínimo não depende de arrecadação "atípica"
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o mínimo
Senado derrota governo duas vezes em MPs polêmicas
Publicidade
Pouco mais de um mês depois de perder a votação da medida provisória que proibia o jogo de bingo no país, o governo Lula sofreu hoje o segundo revés no Congresso Nacional. Com folga, a oposição derrubou a MP do salário mínimo. O palco das duas derrotas foi o Senado.
Diferentemente da votação da MP dos bingos, rejeitada por um voto, o placar de hoje foi humilhante, com diferença de 13 votos favoráveis à oposição --44 a 31. Foi aprovada a proposta da oposição que amplia o mínimo de R$ 260 para R$ 275.
O governo argumenta que o aumento maior do salário geraria prejuízo nas contas da Previdência --cada R$ 1 de reajuste representa R$ 100 de déficit.
Nas duas derrotas, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou negociar pessoalmente --e sem sucesso-- com os senadores. Ministros e até governadores dos partidos aliados também pressionaram para tentar evitar os fiascos.
No revés do bingo, a base estava desarticulada com a ausência do líder do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), que viajou a Salvador para o enterro de um ex-sogro. Hoje, no final da tarde, os líderes governistas já admitiam que a derrota era irreversível.
Nesta quinta-feira, enquanto a proposta ia a plenário, Lula estava reunido com os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política), José Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda). A semana que antecedeu a votação foi marcada por notícias de divergências nos bastidores entre os principais ministros do governo. A suposta disputa entre Aldo e Dirceu pela articulação política teria influenciado na votação.
Assim como na MP do bingo, o placar do mínimo demonstrou dissidências em praticamente todos os partidos da base aliada, inclusive no PT. Hoje, contrariaram o governo os petistas Paulo Paim (RS), Flávio Arns (PR) e Serys Slhessarenko (MT), além de outros nove aliados --cinco do PMDB, dois do PL e dois do PSB.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
