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05/08/2004
-
14h45
CAIO MAIA
da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evitou hoje polemizar em palestra a empresários na Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) e preferiu passar distante de temas sobre a política nacional e as acusações contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb.
FHC discorreu sobre a situação política americana e européia, os tigres asiáticos e a importância da democracia. Fez algumas críticas à política brasileira também, mas deixou claro que as críticas diziam respeito também a seu próprio governo.
O ex-presidente não fez qualquer menção às eleições municipais deste ano nem às denúncias envolvendo Meirelles e Casseb.
No único momento em que alfinetou o governo Lula --e, por tabela, o
governo Sarney--, FHC afirmou que a redemocratização do país, em vez de aprimorar a máquina do Estado brasileiro, trouxe o clientelismo. "[Isso] agora corre o risco de voltar", disse.
De acordo com FHC, a sociedade brasileira, embora tenha amadurecido, ainda tem uma tendência a se "cansar" das soluções de longo prazo.
"Nossa sociedade, de vez em quando, ainda espera por milagres, que resolvam os problemas do dia para a noite", disse.
Alca
O ex-presidente surpreendeu a platéia ao falar sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Ao mencionar negociação sobre a composição do bloco da qual participou, afirmou: "Eu mesmo tenho dúvidas sobre a Alca. Por isso mesmo, em Quebec, coloquei tantas condições lá que não vai acontecer nada."
Para ele, o país precisa tomar cuidado com os acordos comerciais que vêm sendo costurados entre os países da América Latina e os Estados Unidos.
Além do presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, participaram do evento os ex-presidentes da entidade Mário Amato e Carlos Eduardo Moreira Ferreira, o ex-ministro de FHC Celso Lafer, e o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen.
Na platéia, estiveram presentes cerca de 50 empresários --entre eles, apenas três mulheres. Nenhum deles fez perguntas a FHC.
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FHC diz que "não vai acontecer nada" na Alca
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Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre as últimas declarações do ex-presidente FHC
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da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evitou hoje polemizar em palestra a empresários na Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) e preferiu passar distante de temas sobre a política nacional e as acusações contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb.
FHC discorreu sobre a situação política americana e européia, os tigres asiáticos e a importância da democracia. Fez algumas críticas à política brasileira também, mas deixou claro que as críticas diziam respeito também a seu próprio governo.
O ex-presidente não fez qualquer menção às eleições municipais deste ano nem às denúncias envolvendo Meirelles e Casseb.
No único momento em que alfinetou o governo Lula --e, por tabela, o
governo Sarney--, FHC afirmou que a redemocratização do país, em vez de aprimorar a máquina do Estado brasileiro, trouxe o clientelismo. "[Isso] agora corre o risco de voltar", disse.
De acordo com FHC, a sociedade brasileira, embora tenha amadurecido, ainda tem uma tendência a se "cansar" das soluções de longo prazo.
"Nossa sociedade, de vez em quando, ainda espera por milagres, que resolvam os problemas do dia para a noite", disse.
Alca
O ex-presidente surpreendeu a platéia ao falar sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Ao mencionar negociação sobre a composição do bloco da qual participou, afirmou: "Eu mesmo tenho dúvidas sobre a Alca. Por isso mesmo, em Quebec, coloquei tantas condições lá que não vai acontecer nada."
Para ele, o país precisa tomar cuidado com os acordos comerciais que vêm sendo costurados entre os países da América Latina e os Estados Unidos.
Além do presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, participaram do evento os ex-presidentes da entidade Mário Amato e Carlos Eduardo Moreira Ferreira, o ex-ministro de FHC Celso Lafer, e o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen.
Na platéia, estiveram presentes cerca de 50 empresários --entre eles, apenas três mulheres. Nenhum deles fez perguntas a FHC.
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