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01/10/2009 - 10h06

Representante sueco diz esperar que Brasil tome decisão técnica na escolha de caças

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Na tentativa de convencer o governo brasileiro de que a Suécia tem melhores condições de oferecer aviões-caça ao Brasil, representantes da Saab, empresa sueca que produz os caças Gripen NG, apresentam nesta terça-feira à Comissão de Relações Exteriores do Senado a proposta do país europeu. O representante da Saab no Brasil, Bengt Janér, disse esperar que o governo brasileiro tome uma decisão técnica na escolha dos aviões que serão comprados pelo país.

"Espero que a decisão política reflita a decisão técnica. Ninguém melhor que a Aeronáutica para saber o que é melhor para a Força Aérea Brasileira", afirmou.

Janér disse que o diferencial da proposta da Suécia é o compromisso de, além de transferir tecnologia para o Brasil produzir seus próprios caças, ajudá-lo diretamente na montagem de aviões no futuro. "Juntos vamos desenvolver um novo caça para a Força Aérea. Tudo isso está incluído na proposta", afirmou.

Segundo o representante da Saab, a empresa está disposta a desenvolver um avião-caça Super Gripen em conjunto com o Brasil, ao invés de somente transferir uma aeronave que já existe no país. "Vamos botar a mão na massa para produzir isso juntos."

Janér afirmou que, além do Gripen custar um terço do preço dos concorrentes, tem um ciclo de vida maior que os demais concorrentes. Além do Gripen, estão no páreo para a venda ao Brasil os caça Rafale, da Dassault francesa, e o F-18 Super Hornet, da americana Boeing.

Os Rafale são favoritos na disputa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou sua preferência pelos franceses e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já disse que o recente acidente com dois Rafale, na Europa, não influencia na avaliação das aeronaves.

A justificativa é a garantia de transferência de tecnologia dada pela França, considerada essencial pelo Brasil. As empresas concorrentes, no entanto, fazem a mesma promessa.

Embraer

Esta semana, Jobim criticou a defesa feita pela Embraer dos caças Gripen, em reportagem publicada no jornal "Valor Econômico". A empresa brasileira afirmou que a proposta de transferência de tecnologia sueca é melhor do que a oferecida pela outras companhias.

"Não cabe à Embraer ter opinião sobre esse assunto. Cabe ao governo brasileiro. A Embraer não é parte do governo."

A Embraer faz parte do grupo de empresas brasileiras responsáveis pela produção das asas e fuselagens das aeronaves. As empresas foram convidadas pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate) da FAB para elaborar um parecer sobre as propostas apresentadas.

Comentários dos leitores
Andres Martinez (1) 02/02/2010 10h50
Andres Martinez (1) 02/02/2010 10h50
Sinto dizer isso mas os caças não estão sendo comprados para serem usados no porta aviões. Os A-4 Skyhawk já estão equipando esse navio. Acontece isso sim que a espinha dorsal do Brasil era composta de caças mirage 2 e F-5 Tiger. Primeiro eles substituiram os caças mirage 2 pelos mirage 2000. Agora é a vez de trocar os F-5 por outro. Os caças da Saab são famosos pela sua robustez, longevidade e terem sido projetados para aterrisarem inclusive em estradas pequenas, caracteristica natural na geografia do pais. Também custam menos e tem menor custo de manutenção o que é essencial num pais como o Brasil aonde se cortam orçamentos militares a ponto de prejudicarem a manutenção de caças como ocorreu muitas vezes com os mirage 2 a ponto de terem q canabilizar alguns para manter o maximo deles operando por falta de verba para a compra de peças. O Saab é bem cotado em muitos paises do mundo e no Brasil ele seria uma escolha excelente pelos motivos acima citados. Do ponto de vista tecnológico não será apenas transferencia e sim desenvolvimento compartilhado o que é o mais importante para o Brasil pois quem aprende a desenvolver aprende a criar coisa nova e ganha-se independencia com isso. E a melhor politica é a independencia tecnologica no setor de armas.... Ou vamos escolher armas em função de cada acordo militar q for assinado ? Isso não existe. sem opinião
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Álvaro Sarmento (13) 17/01/2010 11h22
Álvaro Sarmento (13) 17/01/2010 11h22
Caro Marivaldo
Um dos motivos pelos quais o Charles De Gaulle foi construído é a incapacidade de se operar os Rafales a bordo do Sâo Paulo. Eles operariam com tamanha restrição de peso que a sua validade bélica passou a ser duvidosa. Para operá-lo com pleno potencial haveria a necessidade de se reabastecer os Rafales em vôo após a decolagem tornando sua operação mais onerosa do que já é principalmente para um caça embarcado uma vez que haveria a necessidade de outro vetor para reabastecê-lo. A única aeronave de caça embarcada cujo peso máximo de decolagem seria capaz de operar a bordo do São Paulo seria o MiG-29K mas isto exigiria uma extensa reforma no convés da embarcação eliminando inclusive a catapulta uma vez que o convés teria uma rampa como no caso do porta-aviões Almirante Kuznetoz. As primeiras versões do F-18 também poderiam operar a partir do São Paulo mas com alguma perda em relação a carga bélica ou combustível.
sem opinião
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Marivaldo Costa (1) 17/01/2010 03h03
Marivaldo Costa (1) 17/01/2010 03h03
Infelizmente neste caso, o caça Françês é o que mais atente as necessidades das defesas de nosso país. Isso, comparando com os equipamentos que dispunhamos neste momento, ex: O Navio Aerodromo São Paulo, dispõe de uma cataputa que o caça americano, não consegiria ser lançado por ele além disso, a sua velocidade é de mach 2.0 e o americano é de 1.8. e outras vantagens a mais o caça françês tem. Os senhores podem ter a certeza que este é o melhor e o mais viável que podemos ter no momento. 1 opinião
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