Publicidade
Publicidade
Representante sueco diz esperar que Brasil tome decisão técnica na escolha de caças
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Na tentativa de convencer o governo brasileiro de que a Suécia tem melhores condições de oferecer aviões-caça ao Brasil, representantes da Saab, empresa sueca que produz os caças Gripen NG, apresentam nesta terça-feira à Comissão de Relações Exteriores do Senado a proposta do país europeu. O representante da Saab no Brasil, Bengt Janér, disse esperar que o governo brasileiro tome uma decisão técnica na escolha dos aviões que serão comprados pelo país.
"Espero que a decisão política reflita a decisão técnica. Ninguém melhor que a Aeronáutica para saber o que é melhor para a Força Aérea Brasileira", afirmou.
Janér disse que o diferencial da proposta da Suécia é o compromisso de, além de transferir tecnologia para o Brasil produzir seus próprios caças, ajudá-lo diretamente na montagem de aviões no futuro. "Juntos vamos desenvolver um novo caça para a Força Aérea. Tudo isso está incluído na proposta", afirmou.
Segundo o representante da Saab, a empresa está disposta a desenvolver um avião-caça Super Gripen em conjunto com o Brasil, ao invés de somente transferir uma aeronave que já existe no país. "Vamos botar a mão na massa para produzir isso juntos."
Janér afirmou que, além do Gripen custar um terço do preço dos concorrentes, tem um ciclo de vida maior que os demais concorrentes. Além do Gripen, estão no páreo para a venda ao Brasil os caça Rafale, da Dassault francesa, e o F-18 Super Hornet, da americana Boeing.
Os Rafale são favoritos na disputa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou sua preferência pelos franceses e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já disse que o recente acidente com dois Rafale, na Europa, não influencia na avaliação das aeronaves.
A justificativa é a garantia de transferência de tecnologia dada pela França, considerada essencial pelo Brasil. As empresas concorrentes, no entanto, fazem a mesma promessa.
Embraer
Esta semana, Jobim criticou a defesa feita pela Embraer dos caças Gripen, em reportagem publicada no jornal "Valor Econômico". A empresa brasileira afirmou que a proposta de transferência de tecnologia sueca é melhor do que a oferecida pela outras companhias.
"Não cabe à Embraer ter opinião sobre esse assunto. Cabe ao governo brasileiro. A Embraer não é parte do governo."
A Embraer faz parte do grupo de empresas brasileiras responsáveis pela produção das asas e fuselagens das aeronaves. As empresas foram convidadas pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate) da FAB para elaborar um parecer sobre as propostas apresentadas.
Leia mais sobre caças
- Boeing diz que tem melhor proposta e que escolha de F-18 criará parceria Brasil-EUA
- Embraer nega preferência por caças suecos e reafirma alinhamento com Aeronáutica
- Jobim diz que preferência da Embraer por suecos não terá peso na escolha de caças
Outras notícias sobre política em Brasil
- STF cassa liminar que dava acesso à Folha a notas fiscais de deputados
- Supremo tem apenas dois juízes de carreira; Toffoli não muda quadro
- Serra eleva verba de habitação e transporte em ano eleitoral
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
Um dos motivos pelos quais o Charles De Gaulle foi construído é a incapacidade de se operar os Rafales a bordo do Sâo Paulo. Eles operariam com tamanha restrição de peso que a sua validade bélica passou a ser duvidosa. Para operá-lo com pleno potencial haveria a necessidade de se reabastecer os Rafales em vôo após a decolagem tornando sua operação mais onerosa do que já é principalmente para um caça embarcado uma vez que haveria a necessidade de outro vetor para reabastecê-lo. A única aeronave de caça embarcada cujo peso máximo de decolagem seria capaz de operar a bordo do São Paulo seria o MiG-29K mas isto exigiria uma extensa reforma no convés da embarcação eliminando inclusive a catapulta uma vez que o convés teria uma rampa como no caso do porta-aviões Almirante Kuznetoz. As primeiras versões do F-18 também poderiam operar a partir do São Paulo mas com alguma perda em relação a carga bélica ou combustível.
avalie fechar
avalie fechar