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18/09/2004
-
14h12
MILENA BUOSI
da Folha Online
Exaltando as principais obras da prefeitura do PT em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou definitivamente na disputa às eleições municipais neste sábado ao pedir votos para a prefeita Marta Suplicy a um grupo de quase 5.000 pessoas.
"Temos a obrigação política de levantar a cabeça com muito orgulho e dizer aos companheiros e companheiras de São Paulo inteiro que se as pessoas querem continuar tendo progresso nas políticas sociais, não tem outro jeito: dia 3 de outubro é votar na Marta Suplicy para continuar administrando a cidade", disse.
Lula fez o discurso nesta manhã durante a inauguração de prolongamento da Radial Leste até o bairro de Guaianazes (zona leste). A obra, avaliada em R$ 120 milhões, foi construída com recursos da prefeitura e do governo federal --que entrou com R$ 13 milhões.
Lula havia dito em ocasiões anteriores que não participaria das campanhas municipais. O presidente da Câmara, João Paulo, chegou a aconselhar o presidente a não "se meter" nas eleições. No entanto, durante o evento deste sábado, Lula alegou que não poderia deixar de estar na zona leste por causa da "magnitude" da obra e porque Marta é vítima de "preconceito".
"Eu anteriormente tomei uma decisão de não participar das campanhas municipais, porque um presidente da República precisa ter mas cuidado. Mas eu não poderia deixar de vir aqui inaugurar uma obra dessa magnitude e até porque de vez em quando eu vejo na televisão as propagandas [políticas] e não dá para a gente aceitar o preconceito que se joga contra a companheira Marta Suplicy", disse.
Em seu discurso, o presidente elogiou a administração da prefeita, voltada para os mais carentes. Citou o bilhete único, o CEU (Centro Educacional Unificado) e outras iniciativas na educação, como a distribuição de uniformes escolares e o programa "Vai e Volta", que disponibiliza transporte para os estudantes da rede municipal.
"Pela primeira vez nesse país as crianças pobres têm direito de ir em uma escola que até então apenas os ricos poderiam freqüentar. E essa mulher teve a coragem não de atender a classe média a qual ela pertence. Ela resolveu tomar a decisão que poucas pessoas têm coragem nesse país, [que] é de levar escola de qualidade nos bairros mais pobres desta capital", disse Lula.
"Pela primeira vez nesse país se dá aos pobres uma perspectiva que não é pelo fato dele ser pobre que ele tem que ser tratado como pessoa de terceira categoria."
Adversários
Lula também respondeu às críticas feitas pelos adversários políticos de Marta --em especial o tucano José Serra, que trava uma acirrada campanha eleitoral com a prefeita-- e disse que a atuação da prefeita "incomoda".
"Tem uma coisa que incomoda os adversários [políticos] que foi a competência demonstrada pela prefeita Marta Suplicy. Poucas vezes na história de São Paulo houve um prefeito ou uma prefeita que tivesse a grandeza e a coragem administrativa dela", disse.
Essa foi a primeira vez que Lula participou de uma inauguração de obra de Marta no período oficial da campanha eleitoral. No segundo turno, Lula deverá gravar um depoimento para ela no horário eleitoral gratuito.
Por ser candidata à reeleição, Marta não pode participar de inaugurações de obras públicas durante a campanha, segundo regra da legislação brasileira.
Lula iniciou seu dicurso lamentando a ausência de Marta no evento e criticando a legislação. "São normas legais que nós temos que respeitar. Mas era como se a gente tivesse um prato preparado, colocado a comida, esfriasse e na hora de comer, tiram o prato da gente", disse.
"De qualquer forma, a lei está rígida e é importante porque existem abusos. Mas eu penso que é preciso ver o que é abuso e [o que é] inauguração de uma coisa concreta."
Entre os presentes na inauguração da obra estavam o senador Aloizio Mercadante (SP), a ministra interina das Cidades, Ermínia Maricato, os deputados federais Luiz Eduardo Greenhalgh, José Eduardo Martins Cardoso, José Mentor, o vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, e os secretários Roberto Botolotto (Infra-Estrutura Urbana), Valdemir Garreta (Abastecimento), Carlos Zarattini (Subprefeituras) e Jilmar Tatto (Governo).
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Leia o que já foi publicado sobre as eleições
Veja o especial sobre as eleições municipais
Lula entra na disputa e pede votos a Marta em visita a São Paulo
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da Folha Online
Exaltando as principais obras da prefeitura do PT em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou definitivamente na disputa às eleições municipais neste sábado ao pedir votos para a prefeita Marta Suplicy a um grupo de quase 5.000 pessoas.
"Temos a obrigação política de levantar a cabeça com muito orgulho e dizer aos companheiros e companheiras de São Paulo inteiro que se as pessoas querem continuar tendo progresso nas políticas sociais, não tem outro jeito: dia 3 de outubro é votar na Marta Suplicy para continuar administrando a cidade", disse.
Lula fez o discurso nesta manhã durante a inauguração de prolongamento da Radial Leste até o bairro de Guaianazes (zona leste). A obra, avaliada em R$ 120 milhões, foi construída com recursos da prefeitura e do governo federal --que entrou com R$ 13 milhões.
Lula havia dito em ocasiões anteriores que não participaria das campanhas municipais. O presidente da Câmara, João Paulo, chegou a aconselhar o presidente a não "se meter" nas eleições. No entanto, durante o evento deste sábado, Lula alegou que não poderia deixar de estar na zona leste por causa da "magnitude" da obra e porque Marta é vítima de "preconceito".
"Eu anteriormente tomei uma decisão de não participar das campanhas municipais, porque um presidente da República precisa ter mas cuidado. Mas eu não poderia deixar de vir aqui inaugurar uma obra dessa magnitude e até porque de vez em quando eu vejo na televisão as propagandas [políticas] e não dá para a gente aceitar o preconceito que se joga contra a companheira Marta Suplicy", disse.
Em seu discurso, o presidente elogiou a administração da prefeita, voltada para os mais carentes. Citou o bilhete único, o CEU (Centro Educacional Unificado) e outras iniciativas na educação, como a distribuição de uniformes escolares e o programa "Vai e Volta", que disponibiliza transporte para os estudantes da rede municipal.
"Pela primeira vez nesse país as crianças pobres têm direito de ir em uma escola que até então apenas os ricos poderiam freqüentar. E essa mulher teve a coragem não de atender a classe média a qual ela pertence. Ela resolveu tomar a decisão que poucas pessoas têm coragem nesse país, [que] é de levar escola de qualidade nos bairros mais pobres desta capital", disse Lula.
"Pela primeira vez nesse país se dá aos pobres uma perspectiva que não é pelo fato dele ser pobre que ele tem que ser tratado como pessoa de terceira categoria."
Adversários
Lula também respondeu às críticas feitas pelos adversários políticos de Marta --em especial o tucano José Serra, que trava uma acirrada campanha eleitoral com a prefeita-- e disse que a atuação da prefeita "incomoda".
"Tem uma coisa que incomoda os adversários [políticos] que foi a competência demonstrada pela prefeita Marta Suplicy. Poucas vezes na história de São Paulo houve um prefeito ou uma prefeita que tivesse a grandeza e a coragem administrativa dela", disse.
Essa foi a primeira vez que Lula participou de uma inauguração de obra de Marta no período oficial da campanha eleitoral. No segundo turno, Lula deverá gravar um depoimento para ela no horário eleitoral gratuito.
Por ser candidata à reeleição, Marta não pode participar de inaugurações de obras públicas durante a campanha, segundo regra da legislação brasileira.
Lula iniciou seu dicurso lamentando a ausência de Marta no evento e criticando a legislação. "São normas legais que nós temos que respeitar. Mas era como se a gente tivesse um prato preparado, colocado a comida, esfriasse e na hora de comer, tiram o prato da gente", disse.
"De qualquer forma, a lei está rígida e é importante porque existem abusos. Mas eu penso que é preciso ver o que é abuso e [o que é] inauguração de uma coisa concreta."
Entre os presentes na inauguração da obra estavam o senador Aloizio Mercadante (SP), a ministra interina das Cidades, Ermínia Maricato, os deputados federais Luiz Eduardo Greenhalgh, José Eduardo Martins Cardoso, José Mentor, o vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, e os secretários Roberto Botolotto (Infra-Estrutura Urbana), Valdemir Garreta (Abastecimento), Carlos Zarattini (Subprefeituras) e Jilmar Tatto (Governo).
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