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20/09/2004
-
18h27
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Após cobrar uma "investigação profunda" e ágil sobre o vazamento de informações da CPI do Banestado, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), amenizou o tom nesta segunda-feira.
Sarney argumentou que o corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PL-SP), tem informações que os doxumentos sigilosos foram entregues a autoridades de outros Poderes do país o que, segundo ele, "abre bem o leque para uma investigação mais ampla".
"O senador Tuma tem informações precisas de que os documentos não foram entregues somente ao Congresso, mas também a algumas autoridades de outros Poderes", disse.
Na última sexta-feira, Sarney havia dito que, se confirmado o vazamento de informações sigilosas pela comissão, será "um dos fatos mais graves ocorridos ultimamente no Parlamento brasileiro". Na ocasião, endureceu o discurso e falou em punição para os envolvidos.
Sarney disse ainda que não há quórum no momento para que se tome as providências necessárias, e com isto as investigações serão adiadas para outubro. Ele falou em um esforço concentrado de Câmara e Senado para apurar o vazamento de informações.
Denúncia
O presidente do Senado descartou nesta segunda a possibilidade de criação da uma CPI para investigar as denúncias de suposta negociação entre PT e PTB de troca financeira por apoio nas eleições.
De acordo com a revista "Veja", PT e PTB fecharam um acordo em que o PT os petistas dariam cerca de R$ 10 milhões para os deputados federais do PTB ajudarem candidatos a prefeitos e vereadores em seus redutos eleitorais e para a cúpula do partido aplicar nas campanhas que julgasse estratégicas.
O dinheiro, porém, não teria sido liberado, apesar do apoio do PTB aos candidatos do PT em São Paulo e no Rio, contrapartida para a liberação dos recursos. Ainda de acordo com a revista, o ministro José Dirceu (Casa Civil) participou da negociação.
"A reportagem é meramente especulativa. Não tem nenhum fato e não entra na minha cabeça que possa ocorrer uma coisa desta natureza", afirmou.
Ele disse considerar impróprio o fato de as denúncias, principalmente as que envolvem o ministro da Casa Civil, José Dirceu, serem divulgadas em período eleitoral. "De certo modo as notícias estavam sendo muito rigorosas, e até mesmo impróprias, em relação ao ministro José Dirceu. Eu acho que ele está sendo vítima de notícias impróprias", disse.
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Sarney argumentou que o corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PL-SP), tem informações que os doxumentos sigilosos foram entregues a autoridades de outros Poderes do país o que, segundo ele, "abre bem o leque para uma investigação mais ampla".
"O senador Tuma tem informações precisas de que os documentos não foram entregues somente ao Congresso, mas também a algumas autoridades de outros Poderes", disse.
Na última sexta-feira, Sarney havia dito que, se confirmado o vazamento de informações sigilosas pela comissão, será "um dos fatos mais graves ocorridos ultimamente no Parlamento brasileiro". Na ocasião, endureceu o discurso e falou em punição para os envolvidos.
Sarney disse ainda que não há quórum no momento para que se tome as providências necessárias, e com isto as investigações serão adiadas para outubro. Ele falou em um esforço concentrado de Câmara e Senado para apurar o vazamento de informações.
Denúncia
O presidente do Senado descartou nesta segunda a possibilidade de criação da uma CPI para investigar as denúncias de suposta negociação entre PT e PTB de troca financeira por apoio nas eleições.
De acordo com a revista "Veja", PT e PTB fecharam um acordo em que o PT os petistas dariam cerca de R$ 10 milhões para os deputados federais do PTB ajudarem candidatos a prefeitos e vereadores em seus redutos eleitorais e para a cúpula do partido aplicar nas campanhas que julgasse estratégicas.
O dinheiro, porém, não teria sido liberado, apesar do apoio do PTB aos candidatos do PT em São Paulo e no Rio, contrapartida para a liberação dos recursos. Ainda de acordo com a revista, o ministro José Dirceu (Casa Civil) participou da negociação.
"A reportagem é meramente especulativa. Não tem nenhum fato e não entra na minha cabeça que possa ocorrer uma coisa desta natureza", afirmou.
Ele disse considerar impróprio o fato de as denúncias, principalmente as que envolvem o ministro da Casa Civil, José Dirceu, serem divulgadas em período eleitoral. "De certo modo as notícias estavam sendo muito rigorosas, e até mesmo impróprias, em relação ao ministro José Dirceu. Eu acho que ele está sendo vítima de notícias impróprias", disse.
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