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Justiça do Pará decreta prisão de seis sem-terra suspeitos de depredar fazenda
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ROBERTO MADUREIRA
da Agência Folha
A Justiça do Pará decretou nesta terça-feira a prisão de seis sem-terra suspeitos de invadir e depredar, na semana passada, a fazenda Espírito Santo, em Xinguara, no sul do Estado.
A Agropecuária Santa Bárbara, dona da terra e que tem como um dos sócios o banqueiro Daniel Dantas, afirma que os seis são integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A Justiça não especifica a que movimento eles pertencem.
A depredação da fazenda Espírito Santo não havia sido informada pela polícia na última semana. A polícia só havia confirmado destruição na Rio Vermelho, em Sapucaia, e Maria Bonita, também da Santa Bárbara, em Eldorado do Carajás.
"Identificamos que lá houve crimes também e instauramos inquérito. Nas outras propriedades, as investigações também estão rolando", disse o delegado Miguel Cunha Filho, da Polícia do Interior.
Segundo a polícia, cerca de 70 homens invadiram e depredaram uma vila de funcionários da fazenda na tarde do dia 3. Os homens estavam armados.
Charles Trocate, um dos líderes do MST no Estado e acusado pela polícia como o mentor dos ataques na região, ainda não teve o pedido de prisão analisado, o que deve acontecer amanhã, segundo o tribunal.
O MST disse que o homem com apelido de Boca Cheia, apontado como líder da invasão à Espírito Santo, não faz parte do MST. O movimento não soube dizer se os demais suspeitos também não fazem parte do movimento.
"Acredito que essas pessoas não são do MST. Nós costumamos assumir nossos atos de protesto e estamos na posição de que se façam as investigações necessárias", disse Maria Raimunda de César, líder nacional do MST no Pará.
Alagoas
Integrantes do MST de Alagoas invadiram ontem à noite a sede do DER (Departamento de Estradas e Rodagens) em Maceió.
Os sem-terra reivindicavam o empréstimo de um trator para o assentamento Jaelson Melquíades, em Atalaia, prometido pelo órgão para setembro. O equipamento será usado para preparar o terreno para a construção de 80 casas de alvenaria para os assentados, que hoje moram em barracos.
No final da manhã de hoje, o DER acertou com os sem-terra o empréstimo do trator a partir de amanhã. Após o acordo, os agricultores deixaram o prédio pacificamente.
Colaborou SÍLVIA FREIRE, da Agência Folha
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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