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22/10/2004
-
16h27
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
Duda Mendonça, marqueteiro da campanha da prefeita licenciada de São Paulo, Marta Suplicy (PT), apresentou-se ao delegado responsável pela operação que levou a sua prisão como "assessor do presidente" e ligou para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Segundo o delegado da Polícia Federal que chefiou a operação, Antonio Carlos Rayol, da Delemaph (Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico), Duda perguntou aos policiais quem era o responsável pela ação e o procurou.
"Sou Duda Mendonça, assessor do presidente Lula", disse ao delegado, que deixou o publicitário fazer a ligação telefônica ao ministro. A ligação foi feita. Na conversa, Duda pediu aconselhamento jurídico ao ministro, que é advogado criminalista, e amigo pessoal do publicitário. Bastos teria sugerido que ele procurasse um advogado.
O palácio do Planalto não se pronunciou sobre o caso. No entanto, o assunto constará do pronunciamento que o porta-voz da Presidência fará ainda hoje.
O delegado afirmou que o clima de sua conversa com Duda foi amistoso e em momento algum houve tom intimidatório por parte do publicitário. Segundo ele, o marqueteiro permanece calmo desde o momento em que foi preso.
Operação
Duda foi preso ontem em flagrante durante uma operação da Polícia Federal de repressão às rinhas de galo num sítio entre Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, mais de 200 pessoas estavam no local, entre elas o vereador reeleito no Rio pelo PT, Jorge Babu. Eles devem ser encaminhados à sede da Superintendência da PF na praça Mauá (região central).
Foram encontrados R$ 8.000 em dinheiro e vários cheques em branco. O ingresso para participar, nesta noite, custava R$ 50. O volume médio de apostas por luta é de R$ 50 mil. Hoje, dois carros Gol serviriam de prêmio.
No casarão, havia três arenas, duas pequenas e uma grande, além de viveiros. A polícia também recolheu placares e cerca de cem animais, alguns machucados. A PF informou que a operação foi motivada por denúncias de órgãos de defesa dos animais.
Hoje, Duda foi indiciado pela Polícia Federal do Rio de Janeiro pelos crimes de formação de quadrilha, apologia ao crime e maus-tratos contra animais, segundo a assessoria da polícia.
Diferentemente das demais acusações, o crime de formação de quadrilha não prevê multa, e sim reclusão de um a três anos, segundo o artigo 288 do Código Penal.
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Duda se apresentou à PF como "assessor de Lula" e ligou para Thomaz Bastos
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da Folha Online
Duda Mendonça, marqueteiro da campanha da prefeita licenciada de São Paulo, Marta Suplicy (PT), apresentou-se ao delegado responsável pela operação que levou a sua prisão como "assessor do presidente" e ligou para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Segundo o delegado da Polícia Federal que chefiou a operação, Antonio Carlos Rayol, da Delemaph (Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico), Duda perguntou aos policiais quem era o responsável pela ação e o procurou.
"Sou Duda Mendonça, assessor do presidente Lula", disse ao delegado, que deixou o publicitário fazer a ligação telefônica ao ministro. A ligação foi feita. Na conversa, Duda pediu aconselhamento jurídico ao ministro, que é advogado criminalista, e amigo pessoal do publicitário. Bastos teria sugerido que ele procurasse um advogado.
O palácio do Planalto não se pronunciou sobre o caso. No entanto, o assunto constará do pronunciamento que o porta-voz da Presidência fará ainda hoje.
O delegado afirmou que o clima de sua conversa com Duda foi amistoso e em momento algum houve tom intimidatório por parte do publicitário. Segundo ele, o marqueteiro permanece calmo desde o momento em que foi preso.
Operação
Duda foi preso ontem em flagrante durante uma operação da Polícia Federal de repressão às rinhas de galo num sítio entre Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, mais de 200 pessoas estavam no local, entre elas o vereador reeleito no Rio pelo PT, Jorge Babu. Eles devem ser encaminhados à sede da Superintendência da PF na praça Mauá (região central).
Foram encontrados R$ 8.000 em dinheiro e vários cheques em branco. O ingresso para participar, nesta noite, custava R$ 50. O volume médio de apostas por luta é de R$ 50 mil. Hoje, dois carros Gol serviriam de prêmio.
No casarão, havia três arenas, duas pequenas e uma grande, além de viveiros. A polícia também recolheu placares e cerca de cem animais, alguns machucados. A PF informou que a operação foi motivada por denúncias de órgãos de defesa dos animais.
Hoje, Duda foi indiciado pela Polícia Federal do Rio de Janeiro pelos crimes de formação de quadrilha, apologia ao crime e maus-tratos contra animais, segundo a assessoria da polícia.
Diferentemente das demais acusações, o crime de formação de quadrilha não prevê multa, e sim reclusão de um a três anos, segundo o artigo 288 do Código Penal.
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