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28/10/2004
-
08h00
JOÃO SANDRINI
da Folha Online
O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, defende que seu partido, o PMDB, deixe os cargos que ocupa no governo Lula após as eleições municipais. Em entrevista à Folha Online, ele afirmou que o PMDB deve sair do governo para começar a reconstruir uma identidade própria, que teria sido perdida ao longo dos últimos anos, e, depois, pensar em emplacar candidatura própria a presidente em 2006.
"Esse projeto pode significar uma candidatura própria a presidente da República. Pode até ter isso, mas tem que ser conseqüência daquilo que vamos ser como partido", afirmou Rigotto.
Sua proposta deverá ser debatida no próximo dia 10, quando o PMDB deverá reunir em Brasília governadores, deputados, senadores e presidentes regionais para discutir os rumos a serem seguidos pelo partido.
Na reunião, o PMDB pretende começar a definir seu projeto para o futuro do país e, com base nisso, definiria uma candidatura ou uma coligação para a eleição presidencial de 2006.
A Folha Online apurou que as propostas do governador gaúcho contam com a simpatia de outros caciques do partido. Entre eles, estariam o presidente nacional do PMDB, Michel Temer; o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e senadores e deputados descontentes por não terem tido o apoio que esperavam do Planalto nestas eleições municipais. No lado oposto, contrários ao partido deixar o governo, estariam, entre outros, o ministro Eunício Oliveira (Comunicações) e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Rigotto argumenta que, ao entrar no governo, o PMDB passou uma imagem de "fisiológico" e "clientelista" ao eleitorado. Ele afirmou que o partido teria mais "respeito" se apoiasse o governo Lula em projetos que considera importantes para o país, mas sem ter cargos no governo.
O apoio a Lula no Congresso foi costurado por Sarney, Eunício e pelo governador do Paraná, Roberto Requião. Em troca, além de Eunício, o PMDB também ganhou o Ministério da Previdência --que está sob o comando de Amir Lando-- e cargos de segundo escalão. "Tenho a convicção de que foi o caminho errado a ser seguido", afirmou Rigotto.
Na convenção do dia 10, o governador gaúcho teme que o partido opte por pedir mais cargos no governo federal para manter o apoio a Lula ao invés de construir uma identidade própria. "A pior coisa que aconteceria seria dizer que queremos mais cargos no governo. Seria o pior dos mundos."
E reforça a sua defesa de uma posição independente do governo federal lembrando que o partido foi o que obteve maior número de prefeituras nas eleições municipais.
"O PMDB é o partido que mais elegeu prefeitos, está capilarizado em todos os Estados, mas não é valorizado porque não tem um projeto, tem sido levado a reboque ao longo dos últimos anos."
Sobre a possibilidade de tornar-se uma "referência" dentro do PMDB e lançar-se candidato na eleição presidencial de 2006, Rigotto é taxativo: "Não tenho essa pretensão".
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Rigotto defende que PMDB deixe cargos no governo Lula após eleições
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da Folha Online
O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, defende que seu partido, o PMDB, deixe os cargos que ocupa no governo Lula após as eleições municipais. Em entrevista à Folha Online, ele afirmou que o PMDB deve sair do governo para começar a reconstruir uma identidade própria, que teria sido perdida ao longo dos últimos anos, e, depois, pensar em emplacar candidatura própria a presidente em 2006.
A.Marques/Folha Imagem |
Germano Rigotto (PMDB) |
Sua proposta deverá ser debatida no próximo dia 10, quando o PMDB deverá reunir em Brasília governadores, deputados, senadores e presidentes regionais para discutir os rumos a serem seguidos pelo partido.
Na reunião, o PMDB pretende começar a definir seu projeto para o futuro do país e, com base nisso, definiria uma candidatura ou uma coligação para a eleição presidencial de 2006.
A Folha Online apurou que as propostas do governador gaúcho contam com a simpatia de outros caciques do partido. Entre eles, estariam o presidente nacional do PMDB, Michel Temer; o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e senadores e deputados descontentes por não terem tido o apoio que esperavam do Planalto nestas eleições municipais. No lado oposto, contrários ao partido deixar o governo, estariam, entre outros, o ministro Eunício Oliveira (Comunicações) e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Rigotto argumenta que, ao entrar no governo, o PMDB passou uma imagem de "fisiológico" e "clientelista" ao eleitorado. Ele afirmou que o partido teria mais "respeito" se apoiasse o governo Lula em projetos que considera importantes para o país, mas sem ter cargos no governo.
O apoio a Lula no Congresso foi costurado por Sarney, Eunício e pelo governador do Paraná, Roberto Requião. Em troca, além de Eunício, o PMDB também ganhou o Ministério da Previdência --que está sob o comando de Amir Lando-- e cargos de segundo escalão. "Tenho a convicção de que foi o caminho errado a ser seguido", afirmou Rigotto.
Na convenção do dia 10, o governador gaúcho teme que o partido opte por pedir mais cargos no governo federal para manter o apoio a Lula ao invés de construir uma identidade própria. "A pior coisa que aconteceria seria dizer que queremos mais cargos no governo. Seria o pior dos mundos."
E reforça a sua defesa de uma posição independente do governo federal lembrando que o partido foi o que obteve maior número de prefeituras nas eleições municipais.
"O PMDB é o partido que mais elegeu prefeitos, está capilarizado em todos os Estados, mas não é valorizado porque não tem um projeto, tem sido levado a reboque ao longo dos últimos anos."
Sobre a possibilidade de tornar-se uma "referência" dentro do PMDB e lançar-se candidato na eleição presidencial de 2006, Rigotto é taxativo: "Não tenho essa pretensão".
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