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À espera de julgamento, Cesare Battisti faz greve de fome
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da Folha Online
O ex-ativista italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, aguarda o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) do pedido de extradição em greve de fome.
A informação foi confirmada à Folha Online pelo advogado Luís Roberto Barroso, que defende Battisti.
Barroso disse que não foi consultado pelo italiano. Ele afirmou que se tivesse sido ouvido recomendaria que Battisti não adotasse essa iniciativa.
"A situação é de muita apreensão. Mas estamos confiantes e tenho fé de que tudo vai acabar bem", disse a defesa.
Segundo o senador José Nery (PSOL-PA), Battisti iniciou a greve de fome na sexta-feira. Ele disse que o italiano escreveu uma carta aberta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual argumenta que não lhe "resta outra alternativa".
"Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade", diz Battisti em um trecho da carta.
No decorrer do texto, ele afirma ainda que é "surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil uns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum" e agradece a concessão de refúgio dada pelo governo brasileiro.
"Entrego minha vida nas mãos de Vossa Excelência e do povo brasileiro", conclui o italiano.
Preso no Brasil desde 2007, Battisti recebeu refúgio político do governo brasileiro em janeiro deste ano. Mas a Itália pediu ao Supremo que Battisti fosse extraditado.
Com o placar empatado, o STF retoma hoje o julgamento, com o voto de minerva do presidente da Suprema Corte, Gilmar Mendes.
Quatro ministros --Cezar Peluso (relator), Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie-- votaram a favor da extradição de Battisti e outros quatro --Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Eros Grau e Joaquim Barbosa-- ratificaram a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-ativista.
Os ministros Celso de Mello e Dias Toffoli se declararam impedidos de participar da análise do caso.
Com informações da Ansa
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Que coisa, quando não escondem dólares na cueca, os políticos escondem terroristas sangüinários.
O povo que se dane, o cidadão que se dane, malditos!
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Alguém aplicou um engôdo no presidente para justificar o refúgio concedido ao honorável cidaão Italiano Cesare Battisti no Brasil.
Quem terido sido?
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