Publicidade
Publicidade
05/11/2004
-
14h42
EDUARDO CUCOLO
SILVIO NAVARRO
da Folha Online, em Brasília e SP
O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB), disse hoje que vai agir para apagar qualquer "incêndio" que possa abalar as relações entre o seu partido e o governo federal.
Quatro dos seis governadores do PMDB lançaram hoje o mais veemente manifesto favorável ao partido deixar a base de apoio ao presidente Lula.
Segundo Eunício, entretanto, as eleições municipais deixaram feridas que vão se "diluir" com o tempo, mas não há dentro do partido um movimento que possa levar ao rompimento com Lula.
"Essa foi a primeira eleição com o PT no governo. Tem mágoas, tem ressentimentos, tem arestas a aparar, tem entendimentos a serem feitos, mas nada que o PMDB não supere", disse o ministro. "Nós temos a responsabilidade de ajudar a apagar incêndios, não acirrar ânimos."
Sobre os movimentos internos do partido para que haja um rompimento com o governo, Eunício disse que quando o PMDB decidiu que ia entrar no governo, com participações administrativas, líderes como os governadores Jarbas Vasconcelos (PB), Joaquim Roriz (DF) e Germano Rigotto (RS) já eram contra, e afirmou que não há um movimento majoritário contra o governo.
"Se é majoritário, se é minoritário, essa clareza nós só teríamos se fosse uma definição de uma Convenção Nacional. Aí a base se manifesta. No mais, são posicionamentos, muitos deles conhecidos, e que nós respeitamos", disse o ministro. "Eu não estou vendo movimentação que defina esse quadro", afirmou.
Ao ser perguntado se esse movimento poderia se ampliar, o ministro disse que não queria "fazer nenhuma previsão", mas afirmou que não via dificuldades para contornar esse problema.
"Eu me sinto como alguém que tem alguma interlocução com o partido e alguma interlocução com o governo. Eu me sinto na obrigação. Se tem problemas do governo com o partido, eu quero ajudar o partido e vou ajudar o governo", disse Eunício.
Situação "contornável"
Já o ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política), responsável por unir a base governista em torno dos interesses do Planalto, disse, em São Paulo, que a ameaça de rompimento do PMDB é "contornável".
"Não é propriamente uma participação maior o que o PMDB reivindica. Precisamos aproximar ainda mais o projeto de país e de poder que une o PMDB e o governo. É preciso cooperação maior dos partidos que integram o governo e do governo para que o PMDB se sinta mais confortável e melhor representado do ponto de vista de projetos e idéias".
Rebelo afirmou que o PMDB é hoje o maior aliado do governo no Senado e o segundo na Câmara e, portanto, sua presença na base parlamentar e política é "fundamental para a governabilidade do país".
Questionado se a posição do PMDB teria relação com a maior aproximação do PTB com o PT desde as eleições, Aldo negou. "Acho que é uma situação própria da vida partidária e é contornável."
Leia mais
Governadores e presidente do PMDB sugerem que partido deixe o governo Lula
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Eunício Oliveira
Eunício diz que vai "apagar incêndio" no PMDB, e Aldo vê situação "contornável"
Publicidade
SILVIO NAVARRO
da Folha Online, em Brasília e SP
O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB), disse hoje que vai agir para apagar qualquer "incêndio" que possa abalar as relações entre o seu partido e o governo federal.
Quatro dos seis governadores do PMDB lançaram hoje o mais veemente manifesto favorável ao partido deixar a base de apoio ao presidente Lula.
Segundo Eunício, entretanto, as eleições municipais deixaram feridas que vão se "diluir" com o tempo, mas não há dentro do partido um movimento que possa levar ao rompimento com Lula.
"Essa foi a primeira eleição com o PT no governo. Tem mágoas, tem ressentimentos, tem arestas a aparar, tem entendimentos a serem feitos, mas nada que o PMDB não supere", disse o ministro. "Nós temos a responsabilidade de ajudar a apagar incêndios, não acirrar ânimos."
Sobre os movimentos internos do partido para que haja um rompimento com o governo, Eunício disse que quando o PMDB decidiu que ia entrar no governo, com participações administrativas, líderes como os governadores Jarbas Vasconcelos (PB), Joaquim Roriz (DF) e Germano Rigotto (RS) já eram contra, e afirmou que não há um movimento majoritário contra o governo.
"Se é majoritário, se é minoritário, essa clareza nós só teríamos se fosse uma definição de uma Convenção Nacional. Aí a base se manifesta. No mais, são posicionamentos, muitos deles conhecidos, e que nós respeitamos", disse o ministro. "Eu não estou vendo movimentação que defina esse quadro", afirmou.
Ao ser perguntado se esse movimento poderia se ampliar, o ministro disse que não queria "fazer nenhuma previsão", mas afirmou que não via dificuldades para contornar esse problema.
"Eu me sinto como alguém que tem alguma interlocução com o partido e alguma interlocução com o governo. Eu me sinto na obrigação. Se tem problemas do governo com o partido, eu quero ajudar o partido e vou ajudar o governo", disse Eunício.
Situação "contornável"
Já o ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política), responsável por unir a base governista em torno dos interesses do Planalto, disse, em São Paulo, que a ameaça de rompimento do PMDB é "contornável".
"Não é propriamente uma participação maior o que o PMDB reivindica. Precisamos aproximar ainda mais o projeto de país e de poder que une o PMDB e o governo. É preciso cooperação maior dos partidos que integram o governo e do governo para que o PMDB se sinta mais confortável e melhor representado do ponto de vista de projetos e idéias".
Rebelo afirmou que o PMDB é hoje o maior aliado do governo no Senado e o segundo na Câmara e, portanto, sua presença na base parlamentar e política é "fundamental para a governabilidade do país".
Questionado se a posição do PMDB teria relação com a maior aproximação do PTB com o PT desde as eleições, Aldo negou. "Acho que é uma situação própria da vida partidária e é contornável."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice