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25/11/2009 - 08h09

Ministério Público denuncia 48 suspeitos de elo com sanguessugas em MS

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RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá

O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul propôs ações de improbidade administrativa contra 48 suspeitos de envolvimento com a máfia dos sanguessugas no Estado.

Entre eles, estão ex-prefeitos, ex-secretários municipais, funcionários públicos, empresários, comerciantes e um ex-deputado federal.

As cinco denúncias tratam de supostas fraudes em licitações para a compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares nas prefeituras de Dourados, Ivinhema, Batayporã, Douradina e Eldorado.

Três delas correm em segredo de Justiça. Nas duas restantes, a lista de réus inclui os ex-prefeitos José Laerte Cecílio Tetila (PT), de Dourados, Neri Kuhnen (PDT), de Ivinhema, e Jercé Euzébio de Souza (PMDB), de Batayporã.

O MPF pede a anulação das licitações sob suspeita, o ressarcimento de R$ 885 mil aos cofres públicos e a indisponibilidade de bens dos envolvidos.

As investigações constataram, segundo as denúncias, o direcionamento de licitações em benefício de empresas ligadas ao esquema desmontado em 2006 na Operação Sanguessuga, da Polícia Federal.

A suposta quadrilha, chefiada pelos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, pagava propina a congressistas em troca de emendas destinadas a municípios cooptados.

"Com recursos garantidos, o grupo manipulava as licitações, valendo-se de empresas de fachada. Dessa maneira, os preços eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado", afirmou o MPF, em nota.

A reportagem telefonou para a casa dos ex-prefeitos Neri Kuhnen e José Laerte Cecílio Tetila e deixou recados. Até a conclusão desta edição, ninguém ligou de volta. Jercé Euzébio de Souza disse ser "vítima de uma injustiça".

"O prefeito é proibido de se envolver com a licitação. Então eu não sei nem de quem o município comprou. Eu sei que fiz tudo certinho", disse.

 

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