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23/11/2004 - 10h15

Lula já prepara ministros petistas para cederem cargos a aliados

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou ontem a preparar os ministros petistas para a possibilidade de perderem cargos até o final do ano com a realização da reforma ministerial.

Lula reuniu na noite de ontem 17 dos 18 ministros petistas na Granja do Torto, além do presidente do partido, José Genoino. Eles fizeram um balanço das ações de governo e avaliaram a agenda de 2005.

Ainda neste ano, entretanto, Lula espera fazer uma reforma ministerial para acomodar os partidos aliados, que mostram descontentamento com o governo e emperram as votações no Congresso. Somente na Câmara, 25 medidas provisórias trancam a pauta.

Estão cotados para ganhar ministérios no governo Lula o PP --que hoje não tem nenhuma pasta-- e o PMDB --que tem duas. O PTB também reivindica mais espaço no governo. E até mesmo a esquerda do PT poderia ganhar uma pasta, de acordo com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP).

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), defendeu hoje que o partido abra mão de espaços em favor da base aliada. "Temos parceiros estratégicos que ajudaram o governo nos últimos dois anos e ainda não tem ministério e parceiros de grandes bancadas que precisam de mais espaço e participação na elaboração das políticas que ajudem no processo decisório."

Para acomodar aliados e formar um governo de coalizão, parte dos 18 petistas que ocupam hoje ministérios deve deixar os cargos. Entre os cotados para sair, está o ministro Olívio Dutra (Cidades).

Em entrevista ao site do PT, o presidente do partido, José Genoino, não fez especulações sobre as possíveis alterações que serão realizadas. Disse apenas que na reunião de ontem foi discutida a "parceria do PT com os partidos aliados para junto (sic) governar o Brasil".

Genoino também não fez comentários sobre a provável perda de espaço dos petistas na Esplanada, mas, independentemente de seu tamanho no governo, defendeu um PT mais "ofensivo". "O partido tem de estar mais ajustado, mais ofensivo e mais informado das ações, dos programas e das estratégias de governo."

Ele ainda afirmou que a reunião foi uma preparação para o próximo ano. "Fizemos um levantamento de ações do PT no governo do presidente Lula, no ministério, do nosso programa de governo, das intervenções do governo, da implantação da agenda para 2005", disse.

O único ministro petista que não participou foi Tarso Genro (Educação), que participa de viagem oficial à Espanha.

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