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23/11/2004
-
17h45
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
A ala governista do PMDB tenta alinhar o discurso dos deputados e decidir o que será pedido amanhã, em almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na casa do ministro das Comunicações, Eunício de Oliveira. O "ajuste" foi acertado nesta tarde, num encontro de líderes da sigla com os ministros Eunício e Amir Lando (Previdência).
Diferentemente da pauta do jantar entre os senadores do PMDB e Lula, na qual foi discutida o arquivamento da emenda que previa a reeleição das Mesas Diretoras no Congresso, amanhã os deputados cobrarão mais espaço no governo federal.
O líder do PMDB na Câmara, deputado José Borba (PR), afirmou que o clima da bancada na Câmara é tranqüilo. "O partido vai ouvir o presidente, não vai levar reivindicações", afirmou.
Questionado sobre qual seria o perfil para um novo ministério, Borba informou que a pasta deve ter "poder decisório, influência orçamentária e financeira e que o ministro tenha a caneta na mão".
Segundo o ministro Eunício Oliveira a maioria dos integrantes do PMDB quer permanecer no governo Lula. O ministro informou que não foi feito um levantamento sobre quantos deputados da bancada irão ao almoço amanhã.
Oposição
Enquanto os governistas da sigla afirmam ter o apoio de 17 dos diretórios regionais do PMDB, da maioria das bancadas na Câmara e no Senado, bem como o apoio da maioria dos 1.058 prefeitos eleitos, a oposição diz que o partido vai deixar o governo Lula após a convenção marcada para o dia 12 de dezembro.
O ex-líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima afirmou que o partido "desembarca do governo" assim que passar a convenção e desafiou os governistas a provarem o contrário.
"Está na hora de rasgar a fantasia. Quem quiser prestar um serviço ao governo que diga isso. É legítimo. E quem quiser o PMDB forte que trabalhe para fortalecê-lo. Acho que o presidente Sarney, que se diz tão amoroso ao PMDB, deveria refletir sob essa mesma ótica", afirmou Geddel.
O parlamentar, ao citar Sarney, respondia às declarações feitas hoje pelo presidente do Senado, que afirmou que a saída do governo é um pensamento exclusivo do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP).
Segundo Temer, o partido está lutando para perder espaço, e não aumentá-lo.
"Não transformem a governabilidade num guarda-chuva em que todos os interesses estão protegidos, menos os do partidos ou da nação", disse Geddel ao grupo governista.
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Diferentemente da pauta do jantar entre os senadores do PMDB e Lula, na qual foi discutida o arquivamento da emenda que previa a reeleição das Mesas Diretoras no Congresso, amanhã os deputados cobrarão mais espaço no governo federal.
O líder do PMDB na Câmara, deputado José Borba (PR), afirmou que o clima da bancada na Câmara é tranqüilo. "O partido vai ouvir o presidente, não vai levar reivindicações", afirmou.
Questionado sobre qual seria o perfil para um novo ministério, Borba informou que a pasta deve ter "poder decisório, influência orçamentária e financeira e que o ministro tenha a caneta na mão".
Segundo o ministro Eunício Oliveira a maioria dos integrantes do PMDB quer permanecer no governo Lula. O ministro informou que não foi feito um levantamento sobre quantos deputados da bancada irão ao almoço amanhã.
Oposição
Enquanto os governistas da sigla afirmam ter o apoio de 17 dos diretórios regionais do PMDB, da maioria das bancadas na Câmara e no Senado, bem como o apoio da maioria dos 1.058 prefeitos eleitos, a oposição diz que o partido vai deixar o governo Lula após a convenção marcada para o dia 12 de dezembro.
O ex-líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima afirmou que o partido "desembarca do governo" assim que passar a convenção e desafiou os governistas a provarem o contrário.
"Está na hora de rasgar a fantasia. Quem quiser prestar um serviço ao governo que diga isso. É legítimo. E quem quiser o PMDB forte que trabalhe para fortalecê-lo. Acho que o presidente Sarney, que se diz tão amoroso ao PMDB, deveria refletir sob essa mesma ótica", afirmou Geddel.
O parlamentar, ao citar Sarney, respondia às declarações feitas hoje pelo presidente do Senado, que afirmou que a saída do governo é um pensamento exclusivo do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP).
Segundo Temer, o partido está lutando para perder espaço, e não aumentá-lo.
"Não transformem a governabilidade num guarda-chuva em que todos os interesses estão protegidos, menos os do partidos ou da nação", disse Geddel ao grupo governista.
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