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Leia íntegra da nota lida por José Roberto Arruda
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse nesta segunda-feira que vai ficar no DEM, apesar da ameaça de expulsão do partido. Arruda disse que vai "lutar até o fim" para provar que é inocente nas acusações de participação em um esquema de pagamento de propina a integrantes da Câmara Legislativa do DF.
Na sua casa, Arruda leu uma nota na qual se defendeu das acusações e negou as denúncias de irregularidades.
Vídeo flagra presidente da Câmara do DF guardando dinheiro na meia; veja
Vídeo mostra governador do DF recebendo dinheiro
Veja a íntegra do inquérito contra o governador do DF
Leia abaixo a íntegra da nota lida por Arruda:
"Vou ler um rápido comunicado onde eu penso estão incluídas as respostas às perguntas que têm sido feitas por todos da imprensa.
Tendo em vista o que aconteceu nos últimos dias e depois de uma análise preliminar dos documentos disponíveis, julgo importante fazer algumas considerações. Primeiro: durante oito anos, o denunciante Durval Barbosa, hoje réu em 32 processos, todos por atos praticados no governo anterior foi presidente da Codeplan. a empresa de informática do governo Roriz.
Os recursos eventualmente recebidos por nós do denunciante para ações sociais nos anos de 2004, 2005 e 2006, entre os quais o que foi exibido pela TV, foram regularmente registrados ou contabilizados, como o foram todos os demais itens da campanha eleitoral.
Na montagem da equipe de governo, o denunciante desejou continuar na equipe de informática. Não concordamos com a sua permanência no mesmo posto e o mantivemos no governo em outro setor, meramente burocrático, já que não havia naquela momento nenhuma condenação. Ainda havia problemas na empresa de informática.
Extinguimos a agência, demitimos os servidores sob suspeita e descentralizamos todos os serviços. Os atos legais foram os decretos XX e XX.
O nosso governo reduziu os gastos de informática em mais de 50% em relação ao governo passado. Em 2006, foram gastos R% 510 milhões em informática. Este ano, 2009, gastamos R$ 209 milhões, menos da metade, portanto. Isto, estou certo, contrariou a muitos interesses, políticos e empresariais, que agora fica claro são ligados ao denunciante.
Quanto ao diálogo gravado no dia 21 de outubro, fica claro que foi conduzido para passar uma versão previamente estudada. A avaliação preliminar dos nossos advogados me alerta que os supostos "defeitos" ou "aquecimento" ou "resfriamento" do aparelho de gravação, tudo isso nos exatos termos que consta dos autos, podem ter truncado e comprometido o teor e o sentido da conversa. Inclusive com a "desconfiguração dos dados armazenados".
Os advogados estão estudando essa questão. O denunciante propunha realização de pesquisas, conversas de apoio político. Deixamos claro que não aceitaríamos essas doações, pois só cuidaríamos de campanha no próximo ano. Quando a outras imagens ou informes inseridos no inquérito relativos a doações que ele teria feito a outros políticos, é preciso que haja análise cuidadosa para esclarecer melhor as datas e as responsabilidades.
Os nossos advogados estão analisando os autos para, no momento próprio, divulgar as nossas impressões.
Com apoio da Controladoria e da Polícia Civil, vamos colaborar com tudo o que for necessário para as investigações do MPF e do STJ. Confiamos na Justiça e vamos continuar trabalhando no dia a dia do governo, agora livres dessa herança maldita do governo anterior."
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