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PT compara panetonegate de Arruda com denúncias contra Yeda e mensalão tucano de MG
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O diretório nacional do PT aprovou nesta terça-feira resolução que compara o mensalão do DEM, no Distrito Federal, às denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, e ao chamado "mensalão tucano", em Minas Gerais.
Sem citar o mensalão petista, o documento afirma que as denúncias de corrupção no governo de José Roberto Arruda (DEM), no Distrito Federal, repetem "escândalos" cometidos pela oposição em outras localidades do país.
"Resta contabilizar o estrago do panetonegate, que coloca por terra o discurso hipócrita dos falsos vestais do DEM no DF, numa reprise ainda mais chocante dos escândalos do PSDB de Yeda Crusius no RS e de [Eduardo] Azeredo, em Minas Gerais", diz o documento.
No texto, os petistas defendem a convocação de Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo específico de discutir mudanças no sistema político nacional. "O PT reafirma a defesa da Constituinte específica e exclusiva para reformar o sistema político brasileiro, em especial o financiamento de campanhas e partidos."
A ideia da Constituinte ganhou força dentro do partido depois das denúncias do mensalão no governo Arruda. Um grupo de petistas defende o financiamento público das campanhas eleitorais para evitar que empresários repassem recursos para a disputa eleitoral, como teria ocorrido no caso do mensalão do DEM no DF.
O diretório nacional do PT se reuniu hoje pela primeira vez desde que o partido realizou o PED (Processo de Eleição Direta) para eleger a sua nova direção. Na resolução, a última a ser editada este ano, o partido critica a decisão do DEM e PSDB de obstruir, na Câmara, a votação dos projetos do pré-sal. "É um comportamento nitidamente desesperado, agindo contra os interesses nacionais', diz o texto.
A resolução também exalta feitos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente nas ações do Executivo para evitar instabilidades ao país provocadas pela crise econômica internacional.
"O resultado está aí, inequívoco, reconhecido com má vontade por aqueles que enxergaram na crise mundial a derradeira oportunidade para derrotar o governo Lula, pouco importando para eles as consequências sociais de seus mórbidos desejos."
No documento, os petistas fazem uma saudação aos governantes de esquerda da América do Sul, em especial os presidente da Bolívia, Evo Morales, e do Uruguai, Pepe Mujica, eleitos no início deste mês.
"Essas duas vitórias da esquerda em dois países sul-americanos que enfrentaram ditaduras e crises políticas demonstram que a população da região percebeu os avanços em seus países e renovou a confiança na perspectiva de que é possível construir um novo projeto para a região e para o mundo." O partido afirma, no texto, que espera a "derrota das forças de direita" nas eleições para a presidência do Chile, que ocorrerão dia 13 de dezembro.
Dilma
No documento, o último editado pelo PT em 2009, o partido afirma que terá como desafio consolidar o "projeto democrático e popular no Brasil" no ano que vem com a eleição da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para presidente da República.
"Pela primeira vez, desde a fundação do PT, Lula não será nosso candidato, mas será figura da maior importância na disputa de 2010. A pré-candidatura da companheira Dilma, reveste-se desse simbolismo. É a coordenadora das ações do governo Lula, apoiadas por 83% do povo brasileiro, que nos representará na chapa majoritária de 2010", diz o texto.
Segundo a resolução, a missão do PT no ano que vem é construir uma "estratégia de mobilização" que faça de 2010 "não apenas um ano eleitoral, mas um ano de intensa participação política, em defesa de nossas conquistas".
Os petistas defendem, no documento, a construção de uma "ampla base de alianças" que viabilize a eleição de Dilma. "O PT nacional também deve priorizar a reeleição de nossos projetos nos estados que governamos e ampliar o número de estados que o PT governa. Outra meta fundamental é ampliar nossas bancadas na Câmara, assembleias legislativas e no Senado, objetivo essencial para a agenda de mudança que queremos para o Brasil", diz o texto.
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