Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/12/2009 - 11h09

Coordenador do MST diz que instalação de CPI não muda estratégia de atuação

Publicidade

da Agência Brasil

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) não pretende mudar sua estratégia de atuação, baseada na ocupação de terras, por conta da CPI instalada ontem no Congresso para investigar o repasse de recursos de organizações não governamentais para o movimento.

"Nós queremos aproveitar a CPI para fazer um grande debate público sobre os problemas de áreas da reforma agrária. É por isso que o MST continua com o mesmo planejamento de luta para o próximo ano", afirmou o integrante da coordenação nacional do MST João Paulo Rodrigues, depois de participar do lançamento do relatório Direitos Humanos no Brasil.

Ele disse que o movimento quer que a CPI inicie os trabalhos o "quanto antes" para que o assunto possa ser resolvido e retirado de pauta. "O quanto antes ela [a CPI] se resolver, é muito melhor para nós do que ficar essa pauta permanente na imprensa."

Rodrigues reafirmou que o movimento não tem medo "do que possa ser encontrado pela CPI".

O líder do MST também criticou a atuação do governo federal em relação à reforma agrária. "O governo Lula teve assuntos que avançaram com muita contundência, assuntos importantes. Mas teve assuntos que foram um desastre e a reforma agrária é um desses que não avançou em nada."

Segundo Rodrigues, a falta de sucesso no processo de redistribuição de terras ocorre por uma "decisão política e um compromisso do governo com setores do agronegócio e até mesmo com o latifúndio improdutivo".

Por isso, o movimento pretende se organizar no próximo ano para cobrar promessas que teriam sido feitas pelo governo. "No último ano do governo Lula, queremos cobrar os compromissos e as promessas feitas para melhorar as condições de vida nos assentamentos."

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
avalie fechar
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
avalie fechar
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2137)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página