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DEM decide abrir processo de expulsão contra presidente licenciado da Câmara do DF
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O DEM decidiu nesta sexta-feira abrir processo de expulsão contra o presidente licenciado da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), flagrado guardando dinheiro nas meias no suposto esquema de corrupção do partido no DF. Por maioria, a executiva regional do Democratas decidiu analisar se Prudente deve ser expulso da legenda.
O deputado distrital terá oito dias para apresentar defesa ao partido, mesmo prazo concedido ao governador José Roberto Arruda (DEM) --que ontem decidiu antecipar-se à decisão da legenda e anunciou a sua desfiliação do DEM.
A executiva regional do DEM entendeu que Prudente, como também foi flagrado em uma imagem recebendo dinheiro supostamente de propina, deve ter o pedido de expulsão analisado pelo partido.
Como há suspeitas de que Prudente esteja fora de Brasília, o partido pode notificá-lo por carta registrada ou edital, para que o prazo de defesa passe a ser contado a partir de hoje.
Prudente foi flagrado em um dos vídeos realizados por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda, que decidiu denunciar o esquema em troca da delação premiada. Nas imagens, Prudente aparece guardando dinheiro nos bolsos do paletó e nas meias.
Ao justificar as imagens no final de novembro, o deputado disse que guardou dinheiro nas meias por questões de segurança. Prudente afirmou que os recursos foram oferecidos por Barbosa durante a campanha eleitoral, e não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral.
O deputado se disse vítima de chantagem e não revelou o valor da doação. "Quero informar que fui vítima de chantagem. Me foi oferecida ajuda financeira para campanha de 2006. Eu recebi o dinheiro e coloquei nas minhas vestimentas em função da minha segurança porque não uso pasta. Tão logo tenha as informações [sobre o processo] darei mais declarações. Vou dizer isso na tribuna da Câmara", afirmou na ocasião.
Posteriormente, Prudente decidiu licenciar-se da presidência da Câmara Legislativa. As imagens mostram o próprio Barbosa entregando dinheiro a Prudente.
Investigações
A Câmara Legislativa do DF abriu processo por quebra de decoro parlamentar contra sete deputados distritais e dois suplentes.
Os parlamentares são citados no inquérito que investiga o suposto pagamento de propina de Arruda para parlamentares da base aliada.
O corregedor Júnior Brunelli (PSC), envolvido nas denúncias de corrupção, também se afastou do cargo em meio às denúncias.
Serão investigados, além de Prudente e Brunelli, os deputados Eurides Britto (PMDB), Benício Tavares (PMDB), Rogério Ulysses (PSB), Roney Nemer (PMDB), Benedito Domingos (PP) e os suplentes Berinaldo Pontes (PP), e Pedro do Ovo (PRP).
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