Ministério Público denuncia vice de Santa Catarina por corrupção

Às vésperas de assumir o governo de Santa Catarina, o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) foi denunciado nesta terça-feira pelo Ministério Público à Justiça sob suspeita de corrupção passiva, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional.

A Polícia Federal acusa Pavan de ter recebido R$ 100 mil de empresários que tentavam recuperar, na Secretaria da Fazenda, a inscrição fiscal de uma distribuidora de combustíveis, cancelada por sonegação.

Pavan deve assumir o governo do Estado em janeiro, após a saída do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que vai concorrer ao Senado.

O procurador-geral de Justiça de Santa Catarina, Gercino Gomes Neto, também denunciou sob suspeita de advocacia administrativa o diretor-geral da Fazenda, Pedro Mendes, o diretor de Administração Tributária da pasta, Anastácio Martins, a advogada Vanderleia Aparecida Batista e o médico Armando Taranto Júnior.

Foram denunciados sob suspeita de corrupção ativa os empresários Marcos Pegoraro e Eugênio Rosa da Silva, da Arrows Petróleo do Brasil, que devia R$ 12 milhões ao fisco. O processo de recuperação da inscrição tramita na Fazenda.

A reportagem não conseguiu falar ontem com o advogado de Pavan. Em outras ocasiões, ele negou as acusações. A defesa de Marcos Pegoraro também nega irregularidades. A assessoria de imprensa da Fazenda disse que Pedro Mendes e Anastácio Martins não irão se pronunciar. A reportagem não localizou representantes de Rosa da Silva, Batista e Taranto Júnior.