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19/01/2005
-
08h26
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
Com base em uma portaria da Secretaria Municipal de Finanças publicada ontem no "Diário Oficial", dois fornecedores da Prefeitura de São Paulo deram início à tentativa de receber o pagamento por seus serviços, prestados na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Um deles é a empresa SKS Transportes Ltda., que ontem apresentou quatro notas de empenho. Somadas, elas alcançam o valor de R$ 86,7 mil. O outro é uma pessoa física: Walter Moreira Júnior, que prestou serviços de natureza artística para o Projeto Teatro Vocacional, da Secretaria Municipal de Cultura. A prefeitura lhe deve R$ 2.200.
No dia 29 de dezembro, Marta cancelou todos os gastos autorizados (empenhados), mas que não tiveram o pagamento oficialmente liberado (liquidação).
A portaria publicada ontem no "Diário Oficial" pela gestão do prefeito José Serra (PSDB) estabeleceu as regras para que credores "eventualmente prejudicados pelo cancelamento" da ex-prefeita solicitem o pagamento à secretaria de Finanças.
Eles têm até o dia 31 deste mês para apresentar requerimento com o pedido de pagamento, cópia da nota do empenho (quando houver), cópia do contrato e a nota fiscal ou fatura do serviço.
Junto com a portaria também foi publicada uma lista de todos os empenhos cancelados pela gestão Marta. O calhamaço trouxe 8.202 empenhos com valor aproximado de cerca de R$ 594 milhões. Há mais de 2.300 credores, entre pessoas físicas e jurídicas.
A assessoria da gestão Marta alega que foi deixado dinheiro em caixa para que os pagamentos fossem feitos e que não foram cancelados empenhos de serviços que tenham sido executados.
Hoje, o secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa, e do Planejamento, Francisco Luna, dão entrevista coletiva na prefeitura para apresentar o levantamento dos compromissos com fornecedores de bens e serviços da prefeitura, cujos débitos foram vencidos e não pagos.
Cancelamentos
A lista dos fornecedores publicada ontem no "Diário Oficial" mostra que eles prestaram serviços de naturezas diversas. A Araguaia Engenharia Ltda. teve R$ 160,6 mil de empenhos cancelados para serviços de pavimentação. Em rebaixamento de guias, a mesma empresa teve R$ 631,8 mil cancelados.
Para o programa habitacional Lote Legal algumas empresas tiveram empenho cancelado, como a Cohab (R$ 324,7 mil) e a João Walter Toscano Arquitetura (R$ 62.657,8).
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi uma das que mais tiveram empenhos cancelados: pelo menos R$ 46,5 milhões. Há cancelamentos, porém, de baixíssimo valor, como do oficial de justiça Eurico de Godoy Neiva Filho: R$ 0,10. Para a também oficial Elen Pereira Zanith o prejuízo foi maior: R$ 19,2 mil.
Entidades sociais também foram prejudicadas. A Associação Comunitária José Augusto Moreira, que presta serviços à idosos, teve R$ 21,4 mil cancelados. Já a Cáritas Diocesana de Santo Amaro, que atende crianças, adolescentes e jovens teve R$ 24,7 mil cancelados.
Patrocínios de filme de longa metragem também foram incluídos nos cancelamentos. As empresas Ale Abreu Produções, Extrema Produções Artísticas e Olhar Imaginário tiveram, respectivamente, R$ 210 mil, R$ 30 mil e R$ 20 mil de empenhos cancelados.
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da Folha Online
Com base em uma portaria da Secretaria Municipal de Finanças publicada ontem no "Diário Oficial", dois fornecedores da Prefeitura de São Paulo deram início à tentativa de receber o pagamento por seus serviços, prestados na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Um deles é a empresa SKS Transportes Ltda., que ontem apresentou quatro notas de empenho. Somadas, elas alcançam o valor de R$ 86,7 mil. O outro é uma pessoa física: Walter Moreira Júnior, que prestou serviços de natureza artística para o Projeto Teatro Vocacional, da Secretaria Municipal de Cultura. A prefeitura lhe deve R$ 2.200.
No dia 29 de dezembro, Marta cancelou todos os gastos autorizados (empenhados), mas que não tiveram o pagamento oficialmente liberado (liquidação).
A portaria publicada ontem no "Diário Oficial" pela gestão do prefeito José Serra (PSDB) estabeleceu as regras para que credores "eventualmente prejudicados pelo cancelamento" da ex-prefeita solicitem o pagamento à secretaria de Finanças.
Eles têm até o dia 31 deste mês para apresentar requerimento com o pedido de pagamento, cópia da nota do empenho (quando houver), cópia do contrato e a nota fiscal ou fatura do serviço.
Junto com a portaria também foi publicada uma lista de todos os empenhos cancelados pela gestão Marta. O calhamaço trouxe 8.202 empenhos com valor aproximado de cerca de R$ 594 milhões. Há mais de 2.300 credores, entre pessoas físicas e jurídicas.
A assessoria da gestão Marta alega que foi deixado dinheiro em caixa para que os pagamentos fossem feitos e que não foram cancelados empenhos de serviços que tenham sido executados.
Hoje, o secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa, e do Planejamento, Francisco Luna, dão entrevista coletiva na prefeitura para apresentar o levantamento dos compromissos com fornecedores de bens e serviços da prefeitura, cujos débitos foram vencidos e não pagos.
Cancelamentos
A lista dos fornecedores publicada ontem no "Diário Oficial" mostra que eles prestaram serviços de naturezas diversas. A Araguaia Engenharia Ltda. teve R$ 160,6 mil de empenhos cancelados para serviços de pavimentação. Em rebaixamento de guias, a mesma empresa teve R$ 631,8 mil cancelados.
Para o programa habitacional Lote Legal algumas empresas tiveram empenho cancelado, como a Cohab (R$ 324,7 mil) e a João Walter Toscano Arquitetura (R$ 62.657,8).
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi uma das que mais tiveram empenhos cancelados: pelo menos R$ 46,5 milhões. Há cancelamentos, porém, de baixíssimo valor, como do oficial de justiça Eurico de Godoy Neiva Filho: R$ 0,10. Para a também oficial Elen Pereira Zanith o prejuízo foi maior: R$ 19,2 mil.
Entidades sociais também foram prejudicadas. A Associação Comunitária José Augusto Moreira, que presta serviços à idosos, teve R$ 21,4 mil cancelados. Já a Cáritas Diocesana de Santo Amaro, que atende crianças, adolescentes e jovens teve R$ 24,7 mil cancelados.
Patrocínios de filme de longa metragem também foram incluídos nos cancelamentos. As empresas Ale Abreu Produções, Extrema Produções Artísticas e Olhar Imaginário tiveram, respectivamente, R$ 210 mil, R$ 30 mil e R$ 20 mil de empenhos cancelados.
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