Publicidade
Publicidade
19/01/2005
-
09h31
da Folha de S.Paulo
Assumir dívidas de campanha de candidatos está longe de ser uma prática dos partidos brasileiros. O PT assumiu amparado na resolução 21.609 de 2004, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo a qual, o compromisso "pode" ser honrado pelo partido.
Como essa não é uma exigência, os partidos deixam as contas sob responsabilidade do candidato. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto (SP), conta, por exemplo, que a direção nacional do partido até alterou o CNPJ para não arcar com as despesas de campanha. "Não podemos pagar se um candidato gastou além do que arrecadou. E, se um espertinho quiser empurrar a dívida, não vai conseguir".
No PP, o mesmo discurso. "Podemos ajudar se alguém quiser doar para nossas campanhas. Mas não podemos pagar as dívidas de campanha com o nosso fundo partidário", diz o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE).
No PFL, o argumento é que o partido não pode ser responsabilizado pela dívida de um candidato."Imagine se um maluco faz uma dívida enorme e o PFL tem que pagar?", diz o secretário-geral do PFL, Saulo Queiroz.
Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB assumiu as dívidas de campanha de José Serra, hoje prefeito de São Paulo, na disputa para a Presidência da República. Em dois anos, a dívida consumiu R$ 3.137.601 de seu fundo partidário, de R$ 13,5 milhões anuais. Ainda falta pagar outros R$ 3.055.616.
O tesoureiro nacional do PSDB, João Almeida (BA), diz que, até por isso, o partido não contribuiu com candidaturas municipais. "No máximo, foram R$ 500 mil". O PSDB também não institucionaliza a dívida dos candidatos.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), não comenta se o partido se comprometeu a pagar despesas de campanha. O tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, afirma que, do fundo partidário, nada saiu. Só R$ 168 mil para pagamento de uma dívida trabalhista no Mato Grosso do Sul.
"O partido só assume a dívida por opção", explica Torquato Jardim, ex-ministro do TSE.
Lembrando que este é o alicerce para a campanha de 2006, Delúbio Soares diz que este é um investimento no partido. "Por isso, somos a favor da fidelidade partidária e do financiamento público".
Leia mais
PT cobra taxa de filiado para pagar dívidas de campanhas
Especial
Leia o que já foi publicado sobre dívidas de campanha
Partido se respalda em decisão de 2004 do TSE
Publicidade
Assumir dívidas de campanha de candidatos está longe de ser uma prática dos partidos brasileiros. O PT assumiu amparado na resolução 21.609 de 2004, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo a qual, o compromisso "pode" ser honrado pelo partido.
Como essa não é uma exigência, os partidos deixam as contas sob responsabilidade do candidato. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto (SP), conta, por exemplo, que a direção nacional do partido até alterou o CNPJ para não arcar com as despesas de campanha. "Não podemos pagar se um candidato gastou além do que arrecadou. E, se um espertinho quiser empurrar a dívida, não vai conseguir".
No PP, o mesmo discurso. "Podemos ajudar se alguém quiser doar para nossas campanhas. Mas não podemos pagar as dívidas de campanha com o nosso fundo partidário", diz o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE).
No PFL, o argumento é que o partido não pode ser responsabilizado pela dívida de um candidato."Imagine se um maluco faz uma dívida enorme e o PFL tem que pagar?", diz o secretário-geral do PFL, Saulo Queiroz.
Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB assumiu as dívidas de campanha de José Serra, hoje prefeito de São Paulo, na disputa para a Presidência da República. Em dois anos, a dívida consumiu R$ 3.137.601 de seu fundo partidário, de R$ 13,5 milhões anuais. Ainda falta pagar outros R$ 3.055.616.
O tesoureiro nacional do PSDB, João Almeida (BA), diz que, até por isso, o partido não contribuiu com candidaturas municipais. "No máximo, foram R$ 500 mil". O PSDB também não institucionaliza a dívida dos candidatos.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), não comenta se o partido se comprometeu a pagar despesas de campanha. O tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, afirma que, do fundo partidário, nada saiu. Só R$ 168 mil para pagamento de uma dívida trabalhista no Mato Grosso do Sul.
"O partido só assume a dívida por opção", explica Torquato Jardim, ex-ministro do TSE.
Lembrando que este é o alicerce para a campanha de 2006, Delúbio Soares diz que este é um investimento no partido. "Por isso, somos a favor da fidelidade partidária e do financiamento público".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice