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25/01/2005
-
20h07
CAIO JUNQUEIRA
Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
O Conselho Internacional do Fórum Social Mundial decidiu na tarde desta terça-feira o formato do evento para os próximos dois anos. Em 2006, haverá mais de uma edição do evento, que serão realizados em diferentes locais e datas. No ano seguinte, um país africano será a sede única.
As candidaturas deverão ser apresentadas até o início de abril, quando o Conselho volta a se reunir. Para o próximo ano, não há limite no número de edições nem restrições quanto a locais, continentes, ou época em que ele deva ocorrer.
"Há a indicação de que pelo menos um deles ocorra na mesma época que o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Mas ao longo do ano serão realizados outros", disse Sérgio Haddad, diretor de relações internacionais da Abong (Associação Brasileira de ONGs) , uma das 129 ONGs que formam o Conselho..
De acordo com ele, o Conselho decidiu não vincular a realização do Fórum Social a alguma data pelas peculiaridades de cada país. "É difícil fazer na mesma época todos, porque cada lugar tem sua característica, tanto geográfica como operacional. Então resolvemos dar essa abertura."
Haddad afirma que o novo formato não afasta a possibilidade de que o Fórum volte a Porto Alegre, mas que a decisão será do Conselho.
Porém, para Fátima Mello, também da Abong, é "pouco provável" a possibilidade de o Fórum retornar à cidade nos próximos anos pelo fato de a cidade ter sediado o evento por quatro vezes. Diz, no entanto, que nada impede uma candidatura.
De acordo com ela, há um consenso no Conselho de que o evento deva ser realizado em diferentes países. "A realização do Fórum na Índia no ano passado foi excelente. Isso faz parte de um processo de mundialização do evento. O Fórum tem que ganhar o mundo. Há consenso sobre isso."
Propostas
Até ontem, no primeiro dia da reunião, a proposta mais forte para 2006 era da realização simultânea do Fórum na Ásia, na África e na América. Havia ainda outras possibilidades, como a sua transformação em um evento bienal e centralizado em um único país.
Em 2007, o Fórum Social Mundial ocorrerá em um país africano. A candidatura mais forte é a do Marrocos, mas outros locais, como África do Sul e Quênia também são cotados.
A decisão, no entanto, deve ficar por conta do conselho africano do Fórum, que analisará quais países têm melhores condições de sediar o evento.
"Existem vários pólos de organização na África. Os africanos estão muito entusiasmados com a idéia, mas tem que ver onde há movimentos sociais fortes, consolidados e com disposição e unidade para promover o evento", diz Mello.
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Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
O Conselho Internacional do Fórum Social Mundial decidiu na tarde desta terça-feira o formato do evento para os próximos dois anos. Em 2006, haverá mais de uma edição do evento, que serão realizados em diferentes locais e datas. No ano seguinte, um país africano será a sede única.
As candidaturas deverão ser apresentadas até o início de abril, quando o Conselho volta a se reunir. Para o próximo ano, não há limite no número de edições nem restrições quanto a locais, continentes, ou época em que ele deva ocorrer.
"Há a indicação de que pelo menos um deles ocorra na mesma época que o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Mas ao longo do ano serão realizados outros", disse Sérgio Haddad, diretor de relações internacionais da Abong (Associação Brasileira de ONGs) , uma das 129 ONGs que formam o Conselho..
De acordo com ele, o Conselho decidiu não vincular a realização do Fórum Social a alguma data pelas peculiaridades de cada país. "É difícil fazer na mesma época todos, porque cada lugar tem sua característica, tanto geográfica como operacional. Então resolvemos dar essa abertura."
Haddad afirma que o novo formato não afasta a possibilidade de que o Fórum volte a Porto Alegre, mas que a decisão será do Conselho.
Porém, para Fátima Mello, também da Abong, é "pouco provável" a possibilidade de o Fórum retornar à cidade nos próximos anos pelo fato de a cidade ter sediado o evento por quatro vezes. Diz, no entanto, que nada impede uma candidatura.
De acordo com ela, há um consenso no Conselho de que o evento deva ser realizado em diferentes países. "A realização do Fórum na Índia no ano passado foi excelente. Isso faz parte de um processo de mundialização do evento. O Fórum tem que ganhar o mundo. Há consenso sobre isso."
Propostas
Até ontem, no primeiro dia da reunião, a proposta mais forte para 2006 era da realização simultânea do Fórum na Ásia, na África e na América. Havia ainda outras possibilidades, como a sua transformação em um evento bienal e centralizado em um único país.
Em 2007, o Fórum Social Mundial ocorrerá em um país africano. A candidatura mais forte é a do Marrocos, mas outros locais, como África do Sul e Quênia também são cotados.
A decisão, no entanto, deve ficar por conta do conselho africano do Fórum, que analisará quais países têm melhores condições de sediar o evento.
"Existem vários pólos de organização na África. Os africanos estão muito entusiasmados com a idéia, mas tem que ver onde há movimentos sociais fortes, consolidados e com disposição e unidade para promover o evento", diz Mello.
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