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27/01/2005 - 08h15

Porto Alegre sempre será candidata a sediar Fórum, diz Fogaça

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CAIO JUNQUEIRA
Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online

O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PPS), disse que a cidade sempre será candidata a sediar o Fórum Social Mundial. "Não sei quais serão os critérios, mas a cidade sempre será candidata, até porque é a referência mundial do fórum. A prefeitura apoiaria uma candidatura", disse, em entrevista à Folha Online.

Fogaça rebateu as críticas de petistas gaúchos de que sua vitória no ano passado sobre Raul Pont (PT) --que interrompeu 16 anos de administrações petistas na capital gaúcha-- foi um dos principais fatores para a saída do evento da cidade.

"São personagens locais que sempre tentaram fazer do fórum uma criação petista. Tentaram vender para a cidade que o PT organizou o fórum e divulgou a cidade para o mundo. Mas é o contrário, o mundo decidiu vir a Porto Alegre."

De acordo com ele, "o que elas não pensam é que talvez o fórum não venha mais a Porto Alegre porque o PT mudou".

Na última terça-feira, o Conselho Internacional do Fórum decidiu descentralizar o evento. Em 2006, haverá diversas edições ao longo do ano. No ano seguinte, um país africano será a sede.

ICMS

Fogaça evitou criticar o governador Germano Rigotto (PMDB) pelo decreto que restringiu a transferência dos créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pelas empresas exportadoras. O prefeito é ex-integrante do PMDB.

"O governador Rigotto está vivendo uma situação muito dura. É provável que, se tivessem havido algumas medidas no começo de sua gestão, talvez isso não seria necessário. Mas não posso criticá-lo. Se eu caísse do céu e chegasse agora ao governo estadual, talvez não haveria outra coisa a fazer", afirmou.

Impopular, a medida gerou críticas da população, que poderá arcar com o repasse da restrição nos preços dos produtos, e dos empresários do Estado. O governo estadual informou que, com a deficiência na compensação da desoneração das exportações, deixou de receber R$ 3,3 bilhões no ano passado.

Semelhanças

Fogaça disse haver semelhanças entre a sua vitória e a do prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), que venceu a petista Marta Suplicy (PT). "Há traços comuns em problemas dos governos locais e houve algum desencanto com o governo Lula", analisou.

Assim como as declarações de integrantes da atual gestão paulistana, ele mencionou a saúde como uma das áreas mais deficitárias da cidade. Disse ainda haver problemas sociais sérios em relação a crianças e adolescentes da cidade.

O prefeito de Porto Alegre afirmou ter recebido a administração municipal em um "estado financeiro bastante comprometido". "Não só existem dívidas de curto prazo, como, estruturalmente, as finanças não estão em boas condições."

As críticas são semelhantes às que Serra faz em relação ao estado financeiro em que a administração petista deixou São Paulo. Segundo o tucano, o déficit em caixa registrado na Prefeitura de São Paulo em 31 de dezembro do ano passado varia entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão.

Já a dívida com os fornecedores de bens e serviços, referente a compromissos vencidos e não-pagos firmados na gestão anterior fica entre R$ 1,97 bilhão e R$ R$ 2,15 bilhões.

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