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26/01/2005
-
21h22
CAIO JUNQUEIRA
Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
Cerca de 200 mil pessoas participaram na tarde desta quarta-feira da Caminhada pela Paz, que abre oficialmente a 5ª edição do Fórum Social Mundial. Durante o percurso, carros de som entoavam coros como "Ô Lula, cade você, o seu governo é igual ao do FHC" e "Ô Lula, que papelão, não acabou coma fome e dá dinheiro pro patrão". Não faltaram também críticas ao neoliberalismo.
Acompanhado de dois seguranças, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, que foi vice-governador do Rio Grande do Sul, disse considerar normal as críticas. "São absolutamente normais. Aqui é um espaço que a sociedade civil tem legitimidade para protestar", disse.
O candidato derrotado do PT à prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont, também participou da caminhada. Ele cobrou do prefeito da cidade, José Fogaça (PPS), e do governador Germano Rigotto (PMDB) empenho para que o Fórum não deixe Porto Alegre.
"Não basta apenas eles falarem que querem que o fórum fique aqui. Eles têm de lutar por isso e firmar um compromisso de trabalho", disse.
As eleições em Porto Alegre, cujos 16 anos de gestões petistas foram interrompidas com a vitória de Fogaça, foram relembradas quando um morador de um prédio colocou duas bandeiras de Fogaça na janela. O público parou a marcha e começou a vaiá-lo.
Palestina
Além dos protestos anti-neoliberalismo, diversas outras causas foram levantadas pelas milhares de pessoas que estiveram na passeata.
A maior parte se manifestou contra o presidente americano, George W. Bush, e a invasão dos Estados Unidos no Iraque. Cartazes escritos "Bush terrorista" e "Fora Bush" compunham o cenário dos cerca de cinco quilômetros de caminhada.
A questão palestina também foi outra das causas abordadas por militantes, que distribuíam centenas de bandeiras palestinas.
A estudante Fairuz Saleh , 21, era uma delas. Filha de palestinos, também distribuía panfletos de divulgação de uma marcha contra a ocupação palestina, que ocorre nesta sexta-feira, em Porto Alegre.
Ao longo da passeata, além dos carros de som, ouvia-se batucadas e música andina. Gays, religiosos, praticantes de ioga, servidores públicos, militantes de partidos políticos e de organizações em defesa do desarmamento, da universalização da água, dos direitos humanos, de luta contra a caça esportiva, entre muitos outros também estiveram presentes.
De acordo com o tenente-coronel Jonas Caristrato, houve durante a passeata duas ocorrências. Um jornalista paquistanês foi roubado, mas a polícia prendeu os envolvidos. Em outra, um rapaz furtou pertences de moradores do Acampamento Internacional Social. Ele também foi preso.
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Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
Cerca de 200 mil pessoas participaram na tarde desta quarta-feira da Caminhada pela Paz, que abre oficialmente a 5ª edição do Fórum Social Mundial. Durante o percurso, carros de som entoavam coros como "Ô Lula, cade você, o seu governo é igual ao do FHC" e "Ô Lula, que papelão, não acabou coma fome e dá dinheiro pro patrão". Não faltaram também críticas ao neoliberalismo.
Acompanhado de dois seguranças, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, que foi vice-governador do Rio Grande do Sul, disse considerar normal as críticas. "São absolutamente normais. Aqui é um espaço que a sociedade civil tem legitimidade para protestar", disse.
O candidato derrotado do PT à prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont, também participou da caminhada. Ele cobrou do prefeito da cidade, José Fogaça (PPS), e do governador Germano Rigotto (PMDB) empenho para que o Fórum não deixe Porto Alegre.
"Não basta apenas eles falarem que querem que o fórum fique aqui. Eles têm de lutar por isso e firmar um compromisso de trabalho", disse.
As eleições em Porto Alegre, cujos 16 anos de gestões petistas foram interrompidas com a vitória de Fogaça, foram relembradas quando um morador de um prédio colocou duas bandeiras de Fogaça na janela. O público parou a marcha e começou a vaiá-lo.
Palestina
Além dos protestos anti-neoliberalismo, diversas outras causas foram levantadas pelas milhares de pessoas que estiveram na passeata.
A maior parte se manifestou contra o presidente americano, George W. Bush, e a invasão dos Estados Unidos no Iraque. Cartazes escritos "Bush terrorista" e "Fora Bush" compunham o cenário dos cerca de cinco quilômetros de caminhada.
A questão palestina também foi outra das causas abordadas por militantes, que distribuíam centenas de bandeiras palestinas.
A estudante Fairuz Saleh , 21, era uma delas. Filha de palestinos, também distribuía panfletos de divulgação de uma marcha contra a ocupação palestina, que ocorre nesta sexta-feira, em Porto Alegre.
Ao longo da passeata, além dos carros de som, ouvia-se batucadas e música andina. Gays, religiosos, praticantes de ioga, servidores públicos, militantes de partidos políticos e de organizações em defesa do desarmamento, da universalização da água, dos direitos humanos, de luta contra a caça esportiva, entre muitos outros também estiveram presentes.
De acordo com o tenente-coronel Jonas Caristrato, houve durante a passeata duas ocorrências. Um jornalista paquistanês foi roubado, mas a polícia prendeu os envolvidos. Em outra, um rapaz furtou pertences de moradores do Acampamento Internacional Social. Ele também foi preso.
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