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28/01/2005
-
20h13
CAIO JUNQUEIRA
Enviado da Folha Online a Porto Alegre
Apesar de ser a terceira maior delegação de inscritos no 5º Fórum Social Mundial, poucos americanos são vistos transitando nos quatros quilômetros que vão do Cais do Porto ao Parque Marinha Social, espaço conhecido como Território Social, onde os eventos são realizados.
A maior delegação de participantes ligados a organizações dentre os países inscritos é a do Brasil, com 36.427, seguido da Argentina, com 1.397. Os Estados Unidos é o terceiro, com 1.157.
Os americanos evitam usar os crachás de identificação, necessários para participar dos debates, porque dizem sentir vergonha da política externa do presidente americano George Bush. Afirmam, porém, que são bem recebidos pelas pessoas.
"Eu desejaria que não fosse americana. É muito triste. Nós pagamos pelos atos do nosso governo", afirmou a estudante Julie Davie, 21, natural de São Francisco, Califórnia.
Ela diz que, antes de vir ao Brasil, estava preocupada com a reação das pessoas ao saberem que é americana. Afirma, no entanto, que não foi hostilizada no país. 'As pessoas aqui sabem que a maioria da população americana não apoia Bush.'
De acordo com ela, a reação das pessoas no Fórum Social Mundial é diferente da que ela teve em uma viagem à Europa, no ano passado. "Sofri muito preconceito por ser americana."
O tradutor Chesa Beoudin, 24, também se diz envergonhado por ser americano. De acordo com ele, os eleitores de Bush evitam sair da país e, quando viajam ao exterior, costumam ir em grupos turísticos fechados e a lugares onde predominam americanos, como Cancún, no México.
"Seguramente, eles evitam sair dos Estados Unidos porque têm medo de represálias. Os eleitores de Bush não têm conhecimento do mundo e das coisas que estão acontecendo nos outros países", disse.
Família
Lindsen Clamsy, de Decorah, Iowa, veio a Porto Alegre com seu marido inglês e suas duas filhas, Julien, 12, e Alison, 8. "Estamos apresentando nossos filhos a um modo diferente de ver e tratar o mundo e queremos mostrar às pessoas que nem todos nos Estados Unidos são a favor de Bush."
Ela disse que em nenhum momento as pessoas foram hostis, mas eles também não usam crachás de identificação. "Aqui ninguém nos culpa. São todos amigos."
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Enviado da Folha Online a Porto Alegre
Apesar de ser a terceira maior delegação de inscritos no 5º Fórum Social Mundial, poucos americanos são vistos transitando nos quatros quilômetros que vão do Cais do Porto ao Parque Marinha Social, espaço conhecido como Território Social, onde os eventos são realizados.
A maior delegação de participantes ligados a organizações dentre os países inscritos é a do Brasil, com 36.427, seguido da Argentina, com 1.397. Os Estados Unidos é o terceiro, com 1.157.
Os americanos evitam usar os crachás de identificação, necessários para participar dos debates, porque dizem sentir vergonha da política externa do presidente americano George Bush. Afirmam, porém, que são bem recebidos pelas pessoas.
"Eu desejaria que não fosse americana. É muito triste. Nós pagamos pelos atos do nosso governo", afirmou a estudante Julie Davie, 21, natural de São Francisco, Califórnia.
Ela diz que, antes de vir ao Brasil, estava preocupada com a reação das pessoas ao saberem que é americana. Afirma, no entanto, que não foi hostilizada no país. 'As pessoas aqui sabem que a maioria da população americana não apoia Bush.'
De acordo com ela, a reação das pessoas no Fórum Social Mundial é diferente da que ela teve em uma viagem à Europa, no ano passado. "Sofri muito preconceito por ser americana."
O tradutor Chesa Beoudin, 24, também se diz envergonhado por ser americano. De acordo com ele, os eleitores de Bush evitam sair da país e, quando viajam ao exterior, costumam ir em grupos turísticos fechados e a lugares onde predominam americanos, como Cancún, no México.
"Seguramente, eles evitam sair dos Estados Unidos porque têm medo de represálias. Os eleitores de Bush não têm conhecimento do mundo e das coisas que estão acontecendo nos outros países", disse.
Família
Lindsen Clamsy, de Decorah, Iowa, veio a Porto Alegre com seu marido inglês e suas duas filhas, Julien, 12, e Alison, 8. "Estamos apresentando nossos filhos a um modo diferente de ver e tratar o mundo e queremos mostrar às pessoas que nem todos nos Estados Unidos são a favor de Bush."
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