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31/01/2005
-
09h57
da Folha de S. Paulo
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, candidato oficial do PT à presidência da Câmara, disse que o caso Lubeca está encerrado há muito tempo e que nada foi apurado contra ele depois de várias investigações.
Em nota enviada à Folha, Luís Costa Pinto, coordenador de comunicação da campanha de Greenhalgh à presidência da Casa, que assina o documento, afirmou que uma cópia da fita com a gravação da conversa foi anexada ao inquérito que tramitava no STF (Supremo Tribunal Federal) e que ela não é inédita.
"Trechos dela [da fita] já foram divulgados pelo "Jornal da Tarde" na esteira das apurações das supostas denúncias", disse Costa Pinto. Afirmou ainda que o inquérito "teve tramitação longa e completa, passou por todas as instâncias judiciais e chegou ao Supremo Tribunal Federal, onde foi arquivado".
O inquérito que chegou ao STF, ao qual se refere o assessor de Greenhalgh, tem como objeto uma acusação por crime de calúnia contra o hoje deputado federal Ronaldo Caiado. Nesse inquérito da PF não foi investigado o suposto crime de corrupção na prefeitura paulistana.
Relação estremecida
A ex-prefeita de São Paulo, e hoje deputada federal, Luiza Erundina (PSB), afirmou "não recordar" muito bem o período do caso Lubeca nem da conversa gravada. Disse que, na época do escândalo, afastou Greenhalgh da secretaria dos Negócios Extraordinários porque "a relação de confiança estava estremecida".
"Houve investigação e nada ficou provado contra ele", disse a ex-prefeita, que defende a candidatura de Greenhalgh para a presidência da Câmara.
A Folha apurou que Erundina escutou a fita no mesmo dia em que a conversa foi gravada, ao lado de outros petistas que se reuniram na casa do ex-secretário Amir Khair (Finanças) na noite de 28 de outubro. A demissão de Greenhalgh ocorreu menos de uma semana depois.
"Não sei [sobre a reunião]. Eu não tenho mais o que falar sobre isso. Foi uma coisa muito complicada. Converse com o José Eduardo [Cardozo, ex-presidente da comissão da prefeitura]." Cardozo, hoje deputado federal e um dos articuladores da campanha de Greenhalgh na Câmara, também é citado como um dos participantes daquela reunião.
"Eu investiguei esse caso e tenho certeza de que não havia nada contra o Greenhalgh. Houve uma grande especulação da imprensa e é muito injusto que isso retorne nesse momento em que Greenhalgh é candidato." Questionado sobre a participação dele na reunião na casa de Khair, respondeu: "Não tenho mais nada a declarar".
Procurado pela Folha, o advogado Eduardo Carnelós não quis dar declarações. Em nota enviada à Folha, disse não ter mais nada a falar sobre o caso. "Passados mais de quinze anos, nada mais tenho a dizer sobre o assunto, até porque, desde maio de 1993, não sou mais formalmente filiado a partido político, sendo que já em 1990 deixei a militância político-partidária." A reportagem da Folha enviou um e-mail na última sexta-feira com perguntas sobre o caso Lubeca para a assessoria de imprensa da Presidência da República. A assessoria confirmou o recebimento da mensagem, mas não respondeu até a noite de ontem.
Após ser informada sobre o assunto, também na sexta, a assessoria de Paulo Okamotto informou que não conseguiu localizar o diretor-presidente do Sebrae.
O ministro Luiz Gushiken, por sua vez, disse por meio de sua assessoria não se recordar do caso nem de Ferraz Filho. (LC)
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O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, candidato oficial do PT à presidência da Câmara, disse que o caso Lubeca está encerrado há muito tempo e que nada foi apurado contra ele depois de várias investigações.
Em nota enviada à Folha, Luís Costa Pinto, coordenador de comunicação da campanha de Greenhalgh à presidência da Casa, que assina o documento, afirmou que uma cópia da fita com a gravação da conversa foi anexada ao inquérito que tramitava no STF (Supremo Tribunal Federal) e que ela não é inédita.
"Trechos dela [da fita] já foram divulgados pelo "Jornal da Tarde" na esteira das apurações das supostas denúncias", disse Costa Pinto. Afirmou ainda que o inquérito "teve tramitação longa e completa, passou por todas as instâncias judiciais e chegou ao Supremo Tribunal Federal, onde foi arquivado".
O inquérito que chegou ao STF, ao qual se refere o assessor de Greenhalgh, tem como objeto uma acusação por crime de calúnia contra o hoje deputado federal Ronaldo Caiado. Nesse inquérito da PF não foi investigado o suposto crime de corrupção na prefeitura paulistana.
Relação estremecida
A ex-prefeita de São Paulo, e hoje deputada federal, Luiza Erundina (PSB), afirmou "não recordar" muito bem o período do caso Lubeca nem da conversa gravada. Disse que, na época do escândalo, afastou Greenhalgh da secretaria dos Negócios Extraordinários porque "a relação de confiança estava estremecida".
"Houve investigação e nada ficou provado contra ele", disse a ex-prefeita, que defende a candidatura de Greenhalgh para a presidência da Câmara.
A Folha apurou que Erundina escutou a fita no mesmo dia em que a conversa foi gravada, ao lado de outros petistas que se reuniram na casa do ex-secretário Amir Khair (Finanças) na noite de 28 de outubro. A demissão de Greenhalgh ocorreu menos de uma semana depois.
"Não sei [sobre a reunião]. Eu não tenho mais o que falar sobre isso. Foi uma coisa muito complicada. Converse com o José Eduardo [Cardozo, ex-presidente da comissão da prefeitura]." Cardozo, hoje deputado federal e um dos articuladores da campanha de Greenhalgh na Câmara, também é citado como um dos participantes daquela reunião.
"Eu investiguei esse caso e tenho certeza de que não havia nada contra o Greenhalgh. Houve uma grande especulação da imprensa e é muito injusto que isso retorne nesse momento em que Greenhalgh é candidato." Questionado sobre a participação dele na reunião na casa de Khair, respondeu: "Não tenho mais nada a declarar".
Procurado pela Folha, o advogado Eduardo Carnelós não quis dar declarações. Em nota enviada à Folha, disse não ter mais nada a falar sobre o caso. "Passados mais de quinze anos, nada mais tenho a dizer sobre o assunto, até porque, desde maio de 1993, não sou mais formalmente filiado a partido político, sendo que já em 1990 deixei a militância político-partidária." A reportagem da Folha enviou um e-mail na última sexta-feira com perguntas sobre o caso Lubeca para a assessoria de imprensa da Presidência da República. A assessoria confirmou o recebimento da mensagem, mas não respondeu até a noite de ontem.
Após ser informada sobre o assunto, também na sexta, a assessoria de Paulo Okamotto informou que não conseguiu localizar o diretor-presidente do Sebrae.
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